sábado, abril 15, 2006

1506 - 2006


Ja a cerca de um mes aqui mencionei e, isto devido a lembranca do Nuno Guerreiro: (http://ruadajudiaria.com), a matanca de cristaos-novos, (digamos judeus) que se iniciou no dia 19 de Abril e se prolongou pelos dias seguintes, faz agora quinhentos anos.
Estou convicto, que o Nuno prestou um excelente servico publico, ao trazer ao conhecimento ou a lembranca, este triste facto historico. Tenho lido na blogsfera varias opinioes, sobre a sua ideia de colocar uma vela no Rocio nesse dia, em homenagem a esses portugueses que foram assassinados, so pelo facto de professarem outra religiao, que ao contrario do fanatismo catolico, defende o conhecimento.

Nao vejo nada errado comemorar com uma vela, este infausto acontecimento, a historia se e que tem algum interesse e para muitos nao tem, esse deve ser o de aprender-mos com os erros passados. Ao contrario de alguns, eu sou de opiniao, que o maior erro da nossa historia foi a expulsao e a conversao forcada dos judeus, e tudo o mais com isto relacionado. A isso se deve muito do nosso atrazo economico, social e cultural, que se prolonga ate os dias de hoje.

Nao vou poder estar em Lisboa nesse dia e, por conseguinte nao poderei colocar uma vela no Rocio, mas enquanto mentalmente farei uma prece, nao tanto pelos que morreram, mas muito mais para que o fanatismo e a ignorancia se extinga, entre os que hoje estando vivos continuam a assassinar, de varias formas todos quantos com eles nao concordem. Colocarei entao uma vela em minha casa, enquanto peco que terminem para sempre os inquisidores destes tempos, pois continuamos a ve-los e ouvi-los por todo o lado e em todas as religioes e regioes.

A TODOS QUANTOS NO DECORRER DA HISTORIA MORRERAM, DEVIDO AO FANATISMO, A INTOLERANCIA, AO ODIO E A INVEJA, O MINHA SINGELA HOMENAGEM.

2 comentários:

Luisa Hingá disse...

E a minha homenagem. E aos que morrem ainda...
Em Escarigo também há lá vestigios...

Al Cardoso disse...

Hoje dia 19, logo pela manha, acendi a minha vela, aqui na America, com o pensamento naqueles que estaram no Rocio.