sábado, março 18, 2006

500 ANOS DO MASSACRE DE LISBOA

O meu amigo Nuno Guerreiro veio lembrar-nos uma parte triste e esquecida da nossa historia. Amanha 19 de Marco, cumprem-se 500 anos sobre a data em que comecou, o massacre de judeus na cidade de Lisboa e arredores, leiam a: Rua da Judiaria e ficaram melhor esclarecidos.

Seria bom que ao fim de mais de Quinhentos anos, fizessemos as pazes com esta parte da nossa historia, e reconhecessemos o quanto mais pobres ficamos, depois do edito da expulsao e, principalmente depois da instituicao da inquisicao. Talvez pudessemos ter hoje o desenvolvimento que a Holanda tem. Foi para la que foram, os mais ricos e sabios judeus portugueses, primeiramente.

7 comentários:

Aladdin Sane disse...

Estive a ler, ontem à noite... Curioso como episódios destes são menosprezados, para não dizer "branqueados" pela História de Portugal, onde o nosso país continua a ser heróico mas de "brandos costumes". Também na história recente se realça o "modelo exxemplar" da colonização portuguesa... Quem diria. Acerca do hipotético estado de desenvolvimento actual do país, os erros repetem-se. A vaga de emigrantes dos países da Europa de Leste constitui uma mão-de-obra com níveis de qualificação e de literacia incomparavelmente superiores aos da maioria dos portugueses. Mas não se aposta na sua plena integração. Antes vão trabalhar, muitas vezes em situação ilegal, para a construção civil e obras pública, enchendo os bolsos aos empreiteiros que declaram o salário mínimo (ou pouco mais) ao fisco. Uma vez que não se promove a integração plena destas comunidades, estes regressarão à sua terra natal com o dinheiro amelahado por aqui. Há quem diga que dentro de décadas os portugueses emigrarão para as emergentes economias do Leste europeu. O futuro o dirá, mas certo é que as atitudes do presente o determinarão.

(Lá me desviei do assunto, mas enfim). Seria bom ouvir dos excelsos representantes máximos dos órgãos de soberania portugueses um pedido formal de desculpas à comunidade judaica pelo ocorrido há cinco séculos. Pois se Freitas do Amaral foi visto a "rastejar" há semanas atrás perante o "mundo islâmico"...

Uff! Já me doem os dedos! Como vou poder agora fazer "zapping"?

Bom fim-de-semana!

Aladdin Sane disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
O Micróbio II disse...

Sem dúvida mais um episódio triste da história portuguesa... mas por mim dispenso o desenvolvimento holandês. Creio que há melhores exemplos por esse mundo fora... além de que se estamos a falar de pormenores históricos, é melhor deixar de lado os "pormenores" holandeses que se cruzaram com a nossa história!

Neoarqueo disse...

Gostei do apontamento do lingua morta. Tem razão...

Aladdin Sane disse...

Quando falava dos trabalhadores provenientes do Leste europeu, deveria ter escrito "imigrantes" e não "emigrantes".

JL disse...

Olá amigo Al,
Tenho andado afastado destas lides,mas reservo uns minutos do fim de semana para poder deixar os meus comentários,já que durante a semana apenas vou fazendo visitas esporádicas.
Este apontamento é oportuno pelas razões já apontadas por si e pelos restantes comentadores. E o que refere o Língua Morta corresponde, genéricamente, ao que penso também sobre o assunto.
Boa semana

Al Cardoso disse...

Bem Hajam meus amigos pelos comentarios. Quando me referi que uma grande parte dos judeus portugueses foram para a Holanda, referi que: primeiramente, porque foi depois dai que mais tarde, foram para as colonias que aquele pais tinha pelo continente Americano, e entre elas Nova Amesterdam (hoje New York). E hoje mais que sabido que foram judeus portugueses que fundaram a primeira comunidade daquele povo no que seria mais tarde os Estados Unidos da America.