Ja aqui por varias vezes me tenho referido, a gravacoes encontradas em construcoes, que a grande maioria dos entendidos na materia faz recuar aos seculos XVI e XVII e que eu entre muitos outros, creio relacionar-se com "cristaos-novos", que foram de facto judeus convertidos.
So o facto de serem contemporaneas, dessas epocas de intolerancia e conversoes forcadas, em si so, explica a razao ou as razoes dessas gravacoes.
No entanto queria sublinhar, agora que anteriormente me referi ao Padre Antonio Vieira, o papel doutrinario, educacional e envangelizador da "Companhia de Jesus" em Portugal.
Esta "Companhia" fundada por Inacio de Loyola, teve um papel importante para a igreja catolica, na Europa central, em contraposicao a reforma protestante iniciada por Martinho Lutero na Alemanha.
Em Portugal e porque o movimento "Protestante", nunca teve grande aceitacao, esta companhia dedicou-se fundamentalmente a conversao dos indios do Brasil e negros africanos, e aos recem "convertidos" cristaos, provenientes da religiao judaica.
Sabe-se por varias fontes da epoca, que de certa forma esta ordem religiosa, foi ate defensora dos judeus em varias alturas, tendo-se publicamente e em sermoes, revoltado contra certos metodos utilizados pela inquisacao, que era quase toda constituida por padres "Dominicanos".
O padre Vieira entre outros, sofreu e so de certa forma conseguiu escapar, ao efeito mais nefasto da "Inquisicao" devido a proteccao do geral da "Companhia" em Roma.
Por isso nao me admira em nada, que em muitas das gravacoes "cristas", em propriedades de antigos judeus possa encontrar a sigla da "Companhia de Jesus". Porque foi a unica instituicao catolica que ainda tinha por eles um pouco de compreencao. Embora tendo em fim a sua conversao sincera, queria que fosse isso mesmo; "sincera" e nao imposta, como desejava uma grande parte da mesma "Igreja".
8 comentários:
Bom dia, amigo Al Cardoso.
Já estive a colocar a escrita em dia e, como sempre, saio mais enriquecido.
Eu sou mais "D. Afonso Henriques" mas sei reconhecer que, felizmente, há muito por onde escolher.
Um abraço.
ps - Ó amigo Cardoso, olhe que "aquilo" lá no blog é ficção. Mesmo não estando de todo satisfeito ainda não cheguei ao desespero, hehe...
Agora vou tentar conhecer pelo Google um pouco da cidade americana onde vive. Apenas por curiosidade.
E muito mais fez a CJ.Mais tarde com o Pombalismo é que as coisas correram de feição diferente.
Para mim que trabalho num colégio de Jesuitas é bom ler isto.
Quanto ao Marquês tem piada que tenha subido na vida à conta dos jesuitas e depois tenha feito o que fez. Só uma curiosidade: o Marquês de pombal teve 17 descendentes jesuitas, sendo que eu conheço pessoalmente um. Muitas voltas deve dar ele na campa...
Um abraço.
Náo dá, não senhor, pois tudo o que se faz na terra paga-se em vida...eo Marquês pelo bem e pelo mal já pagou...Fica a memória, que, quando se chama a "balança" da História, é boa...
Interessante esta relação dos Jesuítas com os Judeus. A Companhia teve muitos problemas por defender os indios com o poder central. Este motivo e o facto de controlarem o ensino levaram o dito marques a expulsá-los de POrtugal. Mas quando estava a morrer mandou chamar um jesuita para ter um final em paz...e acabou por melhorar! Logo de seguida voltou a ter a mesma atitude e...piorou e morreu!!
Um abraço
Embora tendo feito algumas coisas boas, o Marquez de Pombal era um despota e como tal, foi personagem que nunca admirei muito.
Uma Boa Semana para todos,
Abraço de Trancoso
Nuno - Blog Beira Medieval
Vieira e poucos mais, podem até ter sido excepções iluminadas (mas também há um anti-semitismo endémico em Vieira, mesmo que evangélico)... mas de Jesuítas a «Domini Cani» (béu! béu! e ámen!) venha a justiça do Diabo e escolha!
Paz e sabedoria, amigo Al!
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