quarta-feira, dezembro 27, 2006

INFIAS (Enfiaens)

Vista do Bairro do Eiro, tirada da entrada da povoacao vindo de Fornos. No sentido oposto temos toda a encosta norte da Serra da Estrela.


Situada no cume da pequena serra da Esgalhada, a cerca de 600 metros de altitude, esta povoacao que foi concelho ate Novembro de 1836, e neste momento uma das mais progressivas freguesias do concelho de Fornos.

Nao e de estranhar, pois devido a acentuada urbanizacao do territorio nacional, estando a pouco mais de um quilometro da sede concelhia, e quase que um bairro da vila de Fornos de Algodres.


Nunca esta povoacao foi muito populosa, no entanto e antiquissima. Existem vestigios de ocupacao humana, desde a epoca do Neolitico e do periodo romano nas proximidades. Em 1257 aparecem como depoentes nas inquiricoes pelo menos 3 residentes desta terra, no entanto nessa altura ainda nao era concelho.


Desconhecendo-se quem lhe tera concedido foral, era entretanto ja vila e concelho em 1525 durante o reinado de D. Joao III, tendo nessa altura 30 moradores. (fogos) (cadastro da populacao do reino).


Ainda em principios do seculo XX, era a freguesia menos populosa do municipio, mas nos ultimos 30 anos devido a urbanizacao de "baldios" na serra da Esgalhada, de novas urbanizacoes junto a Quinta do Casainho e junto a estrada para a Matanca, aumentou bastante a populacao, tendo sido a unica freguesia concelhia, que aumentou de habitantes no senco de 2001.


Sem querer exagerar, afirmo que e de Infias, que se podem admirar dos mais vastos e belos panoramas da nossa Beira.
Tanto do alto do bairro do Eiro, como da Rasa, mas principalmente junto ao monumento do Cristo Redentor, (entrada da antiga vila) tanto de dia, mas principalmente em noites sem nevoeiro, pode-se experimentar do mais belo "d'Algodres" e, ate da zona norte da "Estrela". (a serra, pois claro) Caso duvidem so tem que ca vir, depois digam algo.





segunda-feira, dezembro 18, 2006

BOAS FESTAS!

Estes castanheiros despidos de folhagem que povoam o planalto de Algodres, simbolizam o inverno que vivemos. Tal como Cristo que renasce sempre no coracao dos de boa vontade, irao renascer assim que chegar a Primavera.

"GLORIA A D*US NAS ALTURAS, E PAZ NA TERRA AOS HOMENS DE BOA VONTADE"



No passado dia 15 sexta feira iniciou-se o festival das luzes, ou "Hanucah dos Judeus", nesse mesmo dia comecaram os "Afro-americanos" a celebrar o "Kwanza", (faz-me lembrar um rio que conheci bem, na "minha" querida Angola) os cristaos desde o comeco do "Advento" (2 de Dezembro) estao a preparar-se para a festa natalicia do Cristo, que culmina com "a noite da consoada e o Natal de Jesus dia 25 .


E portanto uma epoca festiva para quase todos, havendo ate aqueles que querendo fazer renascer outras religioes antigas e "Pagas" (com til no segundo a) celebram o "Solticio de Inverno", no dia 22, quando o sol se encontra mais perto do nosso planeta.





Sendo portanto altura de festa para todos ( ate para os comerciantes, que fazem nesta altura mais negocio que noutra qualquer altura do ano) nao podia passa-la sem desejar a todos os meus leitores e comentadores umas Boas e Santas Festas.


Este vicio "blogistico" felizmente da-nos a oportunidade, de conhecer novas pessoas e fazer novas e belas amizades, embora que virtuais algumas. Por isso a todos aqueles mais assiduos amigos comentadores, alguns virtuais mas muitos outros ja nao, quero desejar especialmente umas Boas Festas, repletas de saude, (que e o bem mais precioso) de Paz e de Amor, no verdadeiro sentido do termo.





COM UM GRANDE ABRACO BEIRAO DE BEM HAJAM, e UMAS; FESTAS FELIZES.

quarta-feira, dezembro 13, 2006

FORNOS de ALGODRES "Terra do queijo Serra da Estrela"

Em vales como este que cortam o concelho de Fornos, pastam as ovelhas "bordaleiras" e "merinas mondegueiras", cujo leite produz o "melhor queijo do mundo"!

Talvez por culpa nossa, Fornos de Algodres que foi durante muitos anos o maior mercado do queijo da "Serra", deixou-se ultrapassar por concelhos, que ate ha cerca de uma trintena de anos, nunca ai o queijo tinha tido referencia.

Nao me estou a referir a Celorico da Beira, pois nesse concelho e no meu municipio, o queijo "Serra" sempre foi rei.

Para os menos entendidos tenho que informar que para alem do mercado de Fornos, era no da Carrapichana e em Celorico que se comercializava quase todo o "nosso" queijo e, se e verdade que se produzia em todo este vale do alto mondego, nos outros municipios nao tinha grande relevancia a producao e, esses productores para conseguirem melhores precos vinham vender quase todo o queijo a Fornos, pois era aqui que os "Barreiros" e "Garcias" (comerciantes e exportadores lisboetas) o vinham comprar todos os 15 dias.

A cerca de trinta anos, quando se iniciaram as hoje conhecidas e caducas: "Feiras do Queijo" por todo este "Pe de Serra", de alguma forma se comecou a dar algum realce ao producto noutras vilas e cidades, coisa que ate ai nunca tinha acontecido.

Entretanto comecou uma "guerra" entre Celorico e Fornos, para ver qual destas terras era mais importante no que se refere ao queijo. Nesta guerra Celorico levou a vantagem, devido a ter tido um presidente camarario empreendedor, que conseguiu impor uma dinamica em defesa da sua terra. Enquanto em Fornos com um presidente amorfo e apatico, se continuou a dormir a sombra dos "solares da nobreza caduca". Parabens portanto a Celorico por inovadores e progressistas.

Por esta razao e com a inauguracao do "Solar do Queijo" em Celorico da Beira, hoje ha gente ate no distrito da Guarda, que desconhece que Fornos de Algodres e terra do "Queijo da Serra".

Nao tem esta entrada intuito de desenterrar guerras perdidas, muito pelo contrario, sou muito mais pela cooperacao entre municipios vizinhos, que por "guerritas de trazer por casa", so quiz dar o seu ao seu dono.

Fornos de Algodres foi de facto o maior mercado de "Queijo da Serra", presentemente ponho as muitas duvidas que o seja. Tambem e porque os jovens nao estao interessados, em continuar a confeccao deste producto de milhares de anos, ponho muitas duvidas que as proximas geracoes possam comer o verdadeiro e genuino "SERRA"

sábado, dezembro 09, 2006

Terra do queijo "Serra da Estrela"

Monumento ao productores de queijo da "Serra da Estrela", em Fornos de Algodres (fotografia retirada do site municipal) Ao fundo a serra que da nome ao queijo.


Provavelmente muita gente nao sabe, mas o queijo "Serra da Estrela" na sua maior parte ou ate na totalidade, nao e produzido no alto da serra mas sim nas encostas dela e principalmente no vale do alto Mondego.

Embora possamos encontrar este produto por toda esta regiao, e nos concelhos de Celorico da Beira e de Fornos de Algodres, que se concentra a maior producao, pelo que sera ai que sem receios de comprar gato por lebre o poderam adquirir sabendo que levam producto genuino.

Ultimamente estes dois municipios tem investido bastante, (mais Celorico que Fornos) na divulgacao e de um producto de origem certificada, que nesta altura que se comeca a fabricar em quantidade, atingindo o auge da producao no mes de Fevereiro quando se realizam as "feiras do queijo" que comecam a pedir novos moldes.

Soube que no ano passado, se constituiu uma associacao entre estes dois concelhos maioritariamente productores deste producto, para uma maior divulgacao do producto tanto a nivel nacional como internacional, tambem sei que existe um protocolo entre a camara de Fornos e o Instituto do Vinho do Porto, para a divulgacao do "nosso" queijo em certames nacionais e internacionais.

Entao porque razao esta actividade artezanal, continua a decair?

Em minha humilde opiniao e porque e uma actividade, que tende a nao atrair jovens agricultores.

A agricultura e a pecuaria para serem rentaveis tem que se modernizar e, sao os jovens que tem (ou deviam ter) a mente aberta a novas tecnologias, sem nunca perder o essencial, automatizar producoes e procedimentos.

Queria fazer votos que as novas geracoes, sempre com a mente aberta possam seguir as pisadas dos mais antigos e, que daqui a muitos anos ainda possamos deliciar-nos com este producto genuino.

E esta a minha singela homenagem aos pastores e queijeiro(a)s,

domingo, dezembro 03, 2006

O antigo concelho de FORNOS (sem Algodres)


Do antigo concelho de "Fornos", nao se lhe conhece nenhum foral, havendo no entanto quem afirme, que o teve por D. Dinis em 1314, no entanto pelas inquiricoes de 1258 (D. Afonso III) sabe-se que ja era concelho nessa altura e, uma terra reguenga (propriedade real) .
O termo partia com Algodres a norte e a nascente, a sul com "Liares" (Linhares) pelo rio Mondego e, a poente com o concelho de Tavares.

Esta vila tal como a grande maioria das povoacoes das redondezas deve ter tido origem romana, provavelmente alguma "villae" agricola, junto no vale da ribeira de Infias. Esse mesmo vale e cortado por duas estradas "romanas" ainda hoje com restos de calcada; uma com direccao a Celorico por Figueiro da Granja e, outra rumo a Linhares pela "ponte de juncaes". Devido a proximidade uma da outra e muito provavel que estas estradas se bifurcassem onde presentemente se encontra a vila.

So em 1836, quando da extincao dos concelhos de; Algodres, Matanca, Figueiro da Granja, Infias e Casal do Monte e seu agregamento ao de Fornos, e que esta vila se passou a identificar por: "Fornos de Algodres", devido a que aquele concelho era muito maior e muito mais antigo que este.
Foi um erro nessa altura, a colocacao da sede concelhia em Fornos, pois a vila fica no extremo do municipio, mas era muito melhor servida por estrada, (estrada real Viseu-Guarda, futura nacional 16) tinha muito mais populacao e, teve a dita de ser a terra natal dos "Cabrais" ministros muito influentes em varios governos, durante o reinado de D.Maria II .

Na fotografia pode ver-se o edificio da antiga camara municipal, construido em tempo do Rei D. Joao VI, nele se pode ver o brazao nacional do: "reino unido de Portugal Brasil e Algarve".
Em frente encontra-se o pelourinho, reconstruido em 1933, o antigo tinha sido destruido durante as revolucoes liberais do seculo XIX, do original, unicamente resta a parte inferior fuste e, base e o topo da gaiola.

No largo em que se encontra a antiga "casa da camara" e o pelourinho, existe tambem o Solar dos "Abreu Castelo Branco", (condes de Fornos de Algodres) e o solar dos "Pedrosos de Lacerda". Partindo daqui a antiga Rua da Torre, onde recentemente descobri vestigios de "cristaos-novos" (judeus conversos).

quarta-feira, novembro 29, 2006

ENTAO E OS JUDEUS? Senhor Bento (o XVI)

Bem sei que o Senhor bispo de Roma estava na Turquia e tinha que agradar aos mussulmanos, ainda agravados por afirmacoes que o mesmo tinha proferido na Alemanha o verao passado. Afirmacoes que, embora reportando-se a um antigo imperador Bizantino, ate nao sao mentira nem nada.
Mas hoje quando na homilia em Efeso, se referiu aos cristaos e mussulmanos que consideram "santa" aquelas terras do medio oriente, e se referiu ao D*us de Abraam, Isacc e Jacob, como sendo o D*us dessas religioes. Creio que deveria que mais nao fosse por cortezia, ter-se referido tambem aos judeus, pois foram precisamente eles que uns milhares de anos antes daqueles, quem comecou a adorar o verdadeiro D*us.
Eu que ate estava a comecar a simpatizar com o senhor "Bento", com esta omissao so me vem provar que tambem ele e apologista do politicamente correcto, e hipocrita como muitos.

terça-feira, novembro 28, 2006

A divulgacao de um amigo e a "Origem do um nome"!!!

O meu amigo Inacio do blog: http://steinhardts.wordpress.com que eu recomendo, em geito de brincadeira deu-me uma explicacao baseando-se no imortal Eca de Queiroz, para a origem do meu nome; Cardoso.
Porque a achei engracada e, porque estou numa de valorizar o que e meu, embora possa nao estar isento de algumas culpas. Vou comparti-la com os meus queridos leitores, e ao mesmo tempo serve para divulgar um blog, que creio muitos dos meus leitores gostaram de consultar.

Escreveu o "nosso" Eca o seguinte, no seu "ADAO e EVA":

"....Adao foge, estonteado, trilha saibros pegajosos, rasga o pelo na aspereza dos "CARDOS BRANCOS" que o vento estorce, resvala por uma escosta de cascalho e seixo, e para na areia fina....."

Ora digam la se D*us nao esteve na origem do meu nome? !!!

"Presuncao e agua benta, cada um toma a que quer"

Assim se diz nas "minhas terras".

sábado, novembro 25, 2006

A Ara de Queiriz - "nova explicacao"

Continuando a referir-me a "Ara romana de Queiriz" e alertado pelo Doutor Pedro Pina Nobrega, que faz o favor de ser meu amigo, quero fazer algumas correccoes e dar aos meus amigos leitores diferentes versoes (talvez mais abalizadas) da leitura desta lapide, que eu nunca vi pessoalmente, pelo que nao tenho grande opiniao, nem grandes conhecimentos para te-la.

Primeiramente quero corrigir a actual localizacao desta inscricao. Nao se encontra no Museu Distrital de Viseu como eu informava, mas sim no quintal na Assembleia Distrital de Viseu, tendo sido inventariada pelo Professor Vaz com o numero 614.

O inventariador Professor Doutor, Joao Inez Vaz na sua tese de doutoramento com o titulo: "A Civitas de Viseu, Espaco e Sociedade. (1997) Pags. 205-206", apresenta-nos para esta "Ara" a seguinte descricao:

DVA/TIVS / APINIS F (ilivs) I BANDI/ TATIBIIAIC / VI. VOCTO TOLIT I (vssv)

A traducao para portugues corrente sera a seguinte:
"Por Ordem de Banda Tatibeaico, Duatio, filho de Apino Levantou (esse) Voto.

Temos que concluir que aparentemente Russel Cortez tera confundido algumas letras a comecar pela primeira.
Sem ter visto esta inscricao fico sempre com a duvida, mas o Professor Vaz merece-me muitissimo mais credito.

Tambem o Doutor Pedro Pina Nobrega, se referiu ao de leve a esta lapide, quando estudando uma Ara existente na freguesia das Antas, Penalva do Castelo, fez as seguintes descricoes: "....Tendo em consideracao a inscricao proveniente de Orjais, Covilha; (ENCARNACAO, Jose de, (1975) Divindades Indigenas sob o Dominio Romano; "...a divindade terminada em ...ei, e semelhante ao daquela, ou seja em ...ui; a semelhanca do epiteto da inscricao de Queiriz, Fornos de Algodres."
Parece que de acordo com os articulistas referidos: ENCARNACAO, VAZ E NOBREGA, e reportando-nos ao ultimo que os referiu no seu trabalho publicado no : Ficheiro Epigrafico da Universidade de Coimbra (Suplemento de "Conimbriga" de 2004 Numero 75, pag. 335) a divindade: "Bandi" (Banda) estara relacionada com os "Vircaui", nome de um povo muito conhecido, na area da "Civitas" de Viseu. Pois para alem das referidas inscricoes de Queiriz e de Antas, existe uma outra tambem ja estudada pelo referido Professor Vaz, proveniente de Esmolfe (a terra a famosa maca) no concelho de Penalva do Castelo, (VAZ, 1997, Pag. 204) que lhes faz referencia

Espero que estas contribuicoes, venham contribuir bastante para a divulgacao desta lapide, assim como espero (e dentro das minhas fracas possibilidades irei fazer os possiveis) que esta Ara de Queiriz, regresse ao municipio de onde e originaria.

quarta-feira, novembro 22, 2006

QUEIRIZ - A terra dos "miscaros" (ou sera cogumelos)


Ja que me referi, embora superficialmente a Queiriz, devido ao passeio micologio, (vulgo apanha de miscaros) embora suscintamente referir-me um pouco mais, a esta antiga povoacao.
Situada no extremo do municipio, Queiriz e uma terra muito antiga, ja existe mencionada em documentos da epoca medieval, no entanto a sua fundacao data seguramente, pelo menos do tempo dos romanos.
No seculo XIX foi encontrada uma ara romana que tem a seguinte inscricao:

QVATIVS APIANIS
DANDITATIDEAIGVI
VOCTO TOLIT I

Esta lapide foi transportada para a exposicao arqueologica da Beira Alta em 1951, por Fernando Russel Cortez. Segundo este entendido a terminologia "eaigvi" e comum a muitas palavras bascas, relacionadas com lua ou luz lunar, o que presupoe que esta lapide estaria relacionada com o culto lunar.
Creio que se encontra presentemente no Museu Distrital de Viseu. (ja era tempo para ser devolvida ao nosso municipio)

Alem desta evidencia, existem perto da povoacao bem preservados, trocos de calcada que foram pertencentes a uma estrada romana.

Tambem relativamente perto existe o sitio arqueologico do "Castelo", onde se preservam ainda restos do que tera sido uma fortificacao romana, ou alto-medieval.

Sabe-se tambem (monografia "Terras de Algodres") que que Abade do mosteiro de Moreira, concedeu a esta povoacao um foral no seculo XIII.

A igreja e sem duvida de fundacao romanica, embora da primitiva construcao ja pouco reste.
Na fachada para alem do portal em arco de volta inteira, podem ver-se as pedras da construcao original, sendo bem visivel o acrescento que suponho ter sido do seculo XVII, no portal lateral existe uma data desse tempo.
O campanario de duas ventanas rematado por corucheu, data do seculo XIX.

quinta-feira, novembro 16, 2006

FORNOS DE ALGODRES "divulgacao de interesse" (ou nao)

III PASSEIO MICOLOGICO (vulgo apanha de miscaros)

Organizado pela Casa de Pessoal da Camara Municipal de Fornos de Algodres, vai realizar-se no proximo dia 25 de Novembro.
Ocurrera entre as localidades de Juncais e Queiriz com uma paragem em Cortico, para uma prova de azeite e miscaros, no Lagar-Museu daquela localidade.
A finalizar havera um almoco a base de "miscaros" de varias especies, rematado com uma apresentacao de paineis por parte de: Pedro Capela da MICROPLANT e por Manuel Paraiso da Associacao Micologica "A PANTORRA".
Para mais informacoes, vejam nos meus links o sitio do Municipio de Fornos de Algodres, onde existe uma ficha de inscricao.

VENHAM ATE "FORNOS" CONHECER UMA REALIDADE DIFERENTE E, UMA GASTRONOMIA JA UM POUCO FORA DOS USOS MODERNOS.

quarta-feira, novembro 08, 2006

Muxagata (d'Algodres) - Largo da fonte e do Chafariz


Este largo fica situado no centro da povoacao da Muxagata, nele encontra-se uma fonte medieval, em arco romanico com ameias, (nao visivel) o chafariz oitocentista e uma casa brasonada do seculo XVIII.
Daqui sai a Rua do Castelo, que nos leva ao sitio em que essa estrutura de defeza outrora se encontrava.
Ao fundo pode ver-se tambem a Serra de Belcaide, na qual se situava a torre medieval.

Judeus tambem na Muxagata (d'Algodres)

Sendo povoacao com alguma importancia, desde o tempo imperio romano e da idade media; pois ate teve um pequeno castelo e uma torre no alto do Belcaide, de que ainda ha referencias na toponomia. Ja calculava por isso que tambem, na Muxagata tivessem residido judeus.
Embora nao se encontrem vestigios no terreno, (tanto quanto sei) por aqui passava uma estrada que de Algodres se dirigia a zona de Celorico, atravessando a ribeira da Cortegada ou Muxagata, junto a esta aldeia e depois de passar a pequena serra, tambem o Rio Mondego ("Monda" romano e "Mandingo" medieval).
E sabido tambem, que os judeus sendo gente de negocio, tendiam a residir junto a vias de comunicacao.

Corroborando estas minhas suspeitas, descobri recentemente um processo do Tribunal do Santo Oficio de Lisboa, em que entre 22 de Setembro de 1663 e 26 de Abril de 1665, foi investigado e acusado de judaismo, o soldado de cavalo: Henrique Frois Nunes, filho de Francisco de Matos da Muxagata e de Isabel Flores de Linhares.

Creio que deveria ter havido mais familias "judaicas" nesta aldeia, no entanto ate ao momento nao consegui encontrar mais nenhuma evidencia. Caso alguem da Muxagata leia esta entrada e tenha mais alguma informacao, adoraria a sua colaboracao.

quarta-feira, novembro 01, 2006

"OS JESUITAS"

Ja aqui por varias vezes me tenho referido, a gravacoes encontradas em construcoes, que a grande maioria dos entendidos na materia faz recuar aos seculos XVI e XVII e que eu entre muitos outros, creio relacionar-se com "cristaos-novos", que foram de facto judeus convertidos.

So o facto de serem contemporaneas, dessas epocas de intolerancia e conversoes forcadas, em si so, explica a razao ou as razoes dessas gravacoes.

No entanto queria sublinhar, agora que anteriormente me referi ao Padre Antonio Vieira, o papel doutrinario, educacional e envangelizador da "Companhia de Jesus" em Portugal.
Esta "Companhia" fundada por Inacio de Loyola, teve um papel importante para a igreja catolica, na Europa central, em contraposicao a reforma protestante iniciada por Martinho Lutero na Alemanha.

Em Portugal e porque o movimento "Protestante", nunca teve grande aceitacao, esta companhia dedicou-se fundamentalmente a conversao dos indios do Brasil e negros africanos, e aos recem "convertidos" cristaos, provenientes da religiao judaica.

Sabe-se por varias fontes da epoca, que de certa forma esta ordem religiosa, foi ate defensora dos judeus em varias alturas, tendo-se publicamente e em sermoes, revoltado contra certos metodos utilizados pela inquisacao, que era quase toda constituida por padres "Dominicanos".
O padre Vieira entre outros, sofreu e so de certa forma conseguiu escapar, ao efeito mais nefasto da "Inquisicao" devido a proteccao do geral da "Companhia" em Roma.

Por isso nao me admira em nada, que em muitas das gravacoes "cristas", em propriedades de antigos judeus possa encontrar a sigla da "Companhia de Jesus". Porque foi a unica instituicao catolica que ainda tinha por eles um pouco de compreencao. Embora tendo em fim a sua conversao sincera, queria que fosse isso mesmo; "sincera" e nao imposta, como desejava uma grande parte da mesma "Igreja".

sexta-feira, outubro 27, 2006

"Os grandes portugueses" Padre ANTONIO VIEIRA

Ontem estive atentamente a ver o debate na RTP, acerca dos "grandes portugueses", ja tenho lido e ouvido falar bastante sobre este tema e estava quase a deixar passar-lo, sem a ele me referir. Mas pensando um pouco mais, decidi dar tambem a minha humilde opiniao.

Como amante da historia e regionalista convicto, deveria escolher talvez alguem da, ou com ligacao a "nossa Beira", ou ate algum personagem de mais perto da minha terra natal. Teria muitos por onde escolher, e vou so dar alguns exemplos: Sacadura Cabral, Virgilio Ferreira, Gomes Eanes de Azurara, Gil Vicente, (sim eu tambem defendo que era de Guimaraes de Tavares) Rui de Pina, ou ate os meus conterraneos; Antonio Bernardo da Costa Cabral, ou Antonio Menano.
No entanto e acima destes todos, (isto no meu criterio) estariam sem duvida o rei D. Sancho I; o grande povoador desta regiao, mas e muito especialmente, D. Dinis que por aqui tendo casado, promoveu com forais e feiras o desenvolvimento destas terras.

Tambem e porque neste blog me debruco sobre temas judaicos, poderia tambem escolher alguem com ligacoes a esse povo, como Garcia da Orta, Ribeiro Sanches, ou Aristides de Sousa Mendes.

No entanto decidi e creio que irei votar, por um portugues que como poucos reflete a nossa universalidade portuguesa: Padre Antonio Vieira, que segundo gente mais sabedora, era tambem "cristao-novo".
Nascido no Brasil enquanto colonia portuguesa, pregador e professor Jesuita, embaixador, mesianico mas realista, defensor dos indios dos judeus e dos mais pobres, entre muitas outras coisas.
Como a grande maioria, so depois de morto lhe deram algum do credito que merecia.

Pela universalidade que representa, o padre ANTONIO VIEIRA, e o meu "Grande portugues".

quarta-feira, outubro 25, 2006

"A provocacao" prometida.

Especialmente dedicada aos meus amigos das "Terras de Tavares, Azurara e Castendo" mas nao so.
Vejam em: http://aquidalgodres.blogspot.com
Podem ir ate la atravez dos meus links.

domingo, outubro 22, 2006

Casa da Familia Osorio e Castro - Algodres


Esta e uma das duas casas existentes em Algodres, que ostentam o brasao de armas da familia. Todavia esta e mais antiga, fica situada no Largo da Nogueira, a outra e a que anteriormente foi o edificio municipal e judicial do antigo concelho, a ela me referirei mais adiante.
E uma construcao tipica das casas da Beira, em granito e com um balcao e alpendre. Numa das esquinas da casa fica o brazao dos Osorios e Castro Cabral de Albuquerque, no entanto este, creio e muito mais recente que a casa.
Encontra-se recentemente recuperada e apresentavel, no entanto digam-me os meus amigos, se nao teria ficado muito melhor com as colunas em madeira como eu a conheci, do que com estas em granito polido, que qualquer leigo ve nao fazerem parte desta construcao, nem elas, nem a balaustrada tambem em granito polido.
Se ao menos tivessem feito essas contrucoes em granito aparelhado, com o tempo iria ficar semelhante, mas sao gostos e com eles, perde parte do valor uma casa tao antiga.
A familia Osorio era originaria de Castela, assentou o primeiro solar na vizinha e antiga vila de Figueiro da Granja, no seculo XIV. Espalhou-se por toda esta nossa Beira, deixando varios ramos. Teve tambem ligacoes com os Pedrosos, com solar em Vila Cha (d'Algodres) a que ja me referi anteriormente. Presentemente os proprietarios deste solar de Vila Cha, sao os descendentes destes Osorio e Castro.

terça-feira, outubro 17, 2006

O meu "LOGO"


Embora com algum atrazo, quero apresentar aos meus queridos amigos e leitores, o meu novo "logo". Foi gentilmente concebido pela amiga Maria Joao; do blog "Sulista", (meus links) e nao poderia ser mais sugestivo.
Primeiramente as cores; o verde da vegetacao da minha querida Beira, presentemente em muito em menor quantidade, devido aos vandalos incendiarios; (sim isso mesmo, sem ser politicamente correcto) e o cinzento da cor das rochas graniticas das nossas serras.
Quanto ao Al, de Albino e de Algodres, que embora seja uma preposicao de origem arabe, talvez ate nem fique mal num individuo, que esta convencido ter sangue judeu e numa terra, que estou convencido ter sido fundada por romanos ou visigodos.
Por isso ja sabem, embora nao esteja ali a minha fotografia, este "logo" representa-me muito bem, alem disso tambem tem um "Cardoso" pequenino, que e como me considero, junto da grandeza de amigos, que encontrei nestas lides bloguisticas.
Ha ja me esquecia, o verde tambem tem que ver, com os meus gostos clubisticos; nao se pode ser perfeito, dirao alguns!!!

quinta-feira, outubro 12, 2006

A MACONARIA, a REPUBLICA e a familia COIMBRA

Embora sem ter muitos dados, (para isso teria que residir em Portugal, para poder obte-los no arquivo distrital da Guarda) vou como prometi, debrucar-me sobre a familia "Coimbra" de Vila Cha (d'Algodres).

Tanto quanto consegui apurar, atravez dos meus avos e meu pai, (enquanto vivos) a familia Coimbra se nao era originaria de Vila Nova de Poiares, (Distrito de Coimbra) pelo menos tinha ai parentes e propriedades. No entanto Eduardo Simoes Coimbra, talvez o mais republicano residente do meu concelho, em fins do seculo XIX, se nao nasceu ca, ja ca residia e tinha constituido familia por essa altura.
Se nao tinha ligacoes com a Maconaria, era pelo menos um individuo de formacao progressista e liberal.
Creio, embora sem ter certezas, (para isso necessitaria toda a ajuda possivel) que ja foi ele uma das pessoas mais influentes, na criacao na escola na freguesia de Vila Cha, (criada por decreto de 28 de Maio de 1873, Diario do Governo, No. 124 de 3 de junho do mesmo ano).
Sendo esta freguesia uma das mais pequenas do concelho, nunca teve mais que 300 moradores, foi das primeiras a possuir escola, nisto tambem esteve sem duvida envolvido Antonio Pedroso, que era presidente da camara nessa altura e tambem natural de Vila Cha.
Foi tambem nesses tempos (1868) que foi contruida a Fonte de Santo Antonio, por sinal contruida junto as casas da familia Coimbra, embora ai houvesse outros moradores entre os quais um Antonio da Cruz, em cuja casa eu descobri vestigios de "cristaos-novos", (judeus convertidos). Ate poderei supor, que tanto pelo apelido: "Coimbra", como pela cultura e educacao, que esta familia sempre teve, que possa ela tambem, ter lacos sanguineos judaicos.
Esteve tambem envolvido na construcao da estrada entre Vila Cha e Muxagata em 1863. No entanto foi na construcao do cemiterio, que Eduardo Simoes Coimbra deixou melhor vincada a sua accao, pois nao so foi construido, (1910) durante o tempo em que esteve envolvido na governacao camararia, como foi o proprio que cedeu o terreno para a sua construcao.
Isto e tudo quanto sei acerca do patriarca Coimbra, ja quanto ao seu filho mais velho sei um pouquito mais; Tinha o mesmo nome do pai: Eduardo Simoes Coimbra, nasceu no principio do seculo XX, era formado engenheria e foi comandante da Marinha Mercante, era uma pessoa muito progressista, republicano convicto como o pai, e membro do Grande Oriente Lusitano, do qual chegou a ser Grao-Mestre.
A ele a minha aldeia natal muito deve e, se mais nao fez pela sua terra, foi devido a accao contraria desenvolvida pelos os "fanaticos catolicos", que durante a ditadura nao o deixaram.
No entanto ainda com todas essas contrariedades, esteve envolvido, na construcao do novo edificio escolar e do chafariz do Terreiro em 1934. No final da decada de sessenta, na construcao das novas instalacoes sanitarias na escola, com agua corrente de um poco com bomba elevatoria, construido com dinheiro dele.
Foi tambem ele, que embora nao sendo catolico praticante, comprou o relogio electrico para a nossa igreja. Alem disto comprou algumas casas em ruinas e depois de reconstrui-las, cedeu-as a familias pobres, a troco de prestacoes de precos reduzidissimos.
Mas foi na construcao do antigo club da aldeia, hoje a sede da junta da freguesia, que o seu amor para com a terra que o viu nascer, melhor se sentiu: Possui-a ele um antigo lagar no Largo do Terreiro, que nos fins dos anos sessenta, reconverteu num edificio aconchegante, para ser o salao de recreio da minha terra, dotou-o tambem de mobilia e televisao, nesse tempo em que nem toda a gente a podia ter, cedendo-o gratuitamente ao povo.
Alem disso colaborou com terrenos e dinheiro, para o alargamento de ruas, largos e caminhos na minha freguesia.
Por tudo isto e por algo mais, que neste momento me escapa, e sem duvida nenhuma, devida uma homenagem embora que postuma a esta familia e principalmente ao "Engenheiro".
Na pedra da sua sepultura, existente no cemiterio mandado construir pelo seu pai, em que figuram os simbolos das "Maconaria", nao poderiam ter escrito nada mais verdadeiro: "aqui jaz quem muito amou a sua terra e quem sempre lutou, para que as sua gente fosse menos pobre e menos inculta".

quinta-feira, outubro 05, 2006

a "REPUBLICA" em FORNOS de ALGODRES


Como todos sabemos (ou deviamos) a republica foi implantada em Lisboa, com um golpe militar e politico patrocinado pela maconaria, no dia 5 de Outubro de 1910.
No resto do pais foi implantada pelo telegrafo (para os mais novos, era uma especie de email messenger, do principio do seculo XX).

Ora tambem no concelho de Fornos de Algodres assim foi implantada. Aquela data haveria quando muito, uns seis republicanos em todo o concelho. Dentro destes (talvez o mais "ilustrado") figurava: Eduardo Coimbra, era natural da minha aldeia de Vila Cha (d'Algodres).
Foi ele quem promoveu os primeiros comicios republicanos no concelho, e esteve na constituicao da primeira camara republicana, que por curiosidade foi presidida pelo ultimo presidente do regime monarquico.
Este Eduardo Coimbra nunca quiz ser o presidente, o que denota algum desprendimento, era politico por conviccao e nao por interesse, como infelizmente e a maioria dos politicos actuais.

Irei voltar a referir-me a ele e a sua familia, noutras futuras entradas, hoje e para assinalar esta efemeride, so quiz deixar esta pequena entrada, ilustrada com a casa que foi sua propriedade, que de acordo com a data na cartela sobre a porta, foi construida em 1861.

domingo, outubro 01, 2006

CASA DA TORRE


Esta Casa da Torre, situada no Largo do Pelourinho na Vila de Fornos, e a casa da familia Abreu Castelo Branco, uma das mais antigas familias desta terra, embora a actual construcao, date na sua maior parte dos seculos XVII e XVIII, a Torre que lhe da o nome, vem dos fins da idade media, embora presentemente bastante modificada.
Da familia Abreu, sairam os segundos senhores de Fornos entre os seculos XV e XVII e dela foi o primeiro visconde e condes de Fornos de Algodres, isto ja no seculo XIX.

Mandou esta familia construir no seculo XVI, uma capela na Se da Guarda, com a invocacao de Nossa Senhora da Anunciada, em que se conserva o brasao desta familia.(actual capela dos Pinas) A razao pela qual esta capela e identificada por "Capela dos Pinas", tem que ver com facto de Luis de Abreu Castelo Branco, ter casado com Francisca de Pina, neta do cronista Rui de Pina.
Nesta capela foi onde em 1616 foi instituido um morgadio com vinculo na Quinta da Costa, propriedade da familia. (actual quinta do seminario de Fornos).

Nesse documento em certa altura constava o seguinte: (....ficam excluidos deste morgado; os bastardos, os que tivessem raca de mouro, gentio ou judeu, os que casassem com pessoa mecanica ate aos bisavos, assim como os amancebados, os bebados, os ladroes e os tafues notaveis,....)

Por aqui vemos que esta familia se considerava tao importante, que se nao podia "conspurcar" entre outras coisas, com casamentos com gente de sangue judaico.
Isto foi documentado muito poucos anos, a seguir a instituicao da "inquisicao" em Portugal.

Sabemos que os judeus tambem nao se casavam com gente doutras "racas", portanto e porque oficialmente ja todos eram cristaos, qual era o receio desta familia?
Felizmente o espirito liberal do seculo XIX, veio acabar com esta aberracao dos "morgadios".

sábado, setembro 23, 2006

Ano de; 5767!

A partir do por do sol de ontem; Sexta feira, e, durante o dia de hoje, celebram os judeus o: ROSH HASHANAH, primeiro dia do novo ano, de 5767!
Seguem-se dez dias de jejums e penitencia, que terminam no; YOM KIPPUR, dia do perdao.

A todos os possiveis leitores judeus, um FELIZ ANO NOVO!

quinta-feira, setembro 21, 2006

O ARCO DO SOBRAL

JUDEUS ou "CRISTAOS-NOVOS" em Sobral Pichorro

Ja em entradas anteriores, me referi a provavel existencia de judeus, mais tarde "convertidos" em cristaos-novos, na antiga povoacao de Soveral, ou Sobral, do termo de Algodres, hoje identificada por: Sobral Pichorro.
Nessas alturas identifiquei um arco em volta inteira com um escudo, como a provavel entrada para as suas casas. (entrada de 9 de Outubro de 2005)
Mais tarde visitando detalhadamente a area, para meu desapontamento, nao consegui descobrir mais nenhuns vestigios, que fossem de encontro com a minha conviccao, pelo que na altura julguei ser unicamente a minha imaginacao a trabalhar. (entrada de 28 de Marco de 2006)

Entretanto e acidentalmente, enquanto verificava algumas "descricoes arquivisticas online" dos arquivos da Torre do Tombo. Descobri um processo do tribunal da inquisicao de Coimbra, do ano de 1620, referindo Marcos Rodrigues, cristao-novo, acusado de judaismo, heresia e apostasia, com morada em Soveral, termo de Algodres.
Alem deste processo, descobri um outro, do tribunal da inquisicao de Lisboa, do ano de 1737, referente a Maria Lucena, acusada de judaismo, moradora em Sobral Pichorro, termo de Algodres.

Estes processos vem por si so, provar que as minhas suspeicoes estavam certas, sim houve judeus a residir no Sobral Pichorro, embora pudessem nao ter vivido nas casas cuja entrada e aquele arco.
Tambem ja divulguei uma outra lapide desta mesma povoacao, que podera muito bem estar relacionada com "cristaos-novos". (entrada de 3 de Maio de 2006)

Depois do explanado, so quero fazer algumas consideracoes:
- Estando provada a existencia de cristaos-novos nesta aldeia, que embora aqui residentes, o primeiro era natural de Trancoso e a segunda natural de Celorico, indicia a existencia de outras familias de origem judaica, pois o mais natural e que tenham vindo para esta terra atravez de casamentos, sabendo nos que os judeus casam entre si.
- No primeiro caso, ate poderia ser uma fuga de Trancoso, para uma aldeia pequena e menos acessivel, para tentar escapar a accao da inquisicao naquela vila, que como se sabe, teve uma das maiores e mais dinamicas comunidades judaicas da Beira.
- Ja no segundo caso, sendo 117 anos mais tardio, indica-nos que embora ja "convertidos" desde 1497, os "cripto-judeus" do Sobral Pichorro, passados que eram 240 anos, ainda praticavam o "judaismo". Coisa mais que normal, pois muitas das conversoes nao o foram por conviccao, mas sim por necessidade.
- Alem do explanado, este ultimo processo, vem deitar por terra, a lenda de que o complemento: "Pichorro" desta freguesia, tem que ver com a terceira invacao francesa, que aconteceu em 1810. Porque 73 anos antes daquela invasao, ja esta povoacao usava aquele complemento identificativo.

sábado, setembro 16, 2006

Graniticas "Terras de Algodres"


Nesta regiao onde o granito e rei, podemos apreciar varias formacoes rochosas como a da fotografia. Algumas o povo na sua sabedoria secular, deu-lhes nomes sugestivos: Pedra da Pita, Pedra do Tlin Tlin, Lage Escorregadia, Penedo do Porco, Penedo Furado, etc etc.
Como chamariam os meus amigos a esta formacao?

quarta-feira, setembro 13, 2006

PROS (com acento!)

Aconselhava os meus amigos leitores, a consultar a entrada; "Pros" escrita pelo meu conterraneo distrital: Francisco Jose Viegas, no seu "blog": http://origemdasespecies.blogspot.com

Tambem la podem chegar atravez dos meus links: ORIGEM das especies.

Depois digam algo.

sábado, setembro 09, 2006

Ha 700 ANOS " em tempo de tolerancia."

Tive conhecimento atravez do meu amigo Inacio Steinhardt; (www.geocities.com/ishluz) , que se cumprem amanha 10 de Setembro, os setecentos anos da inauguracao da primeira grande sinagoga de Lisboa.
Nesse ano, esse dia da nossa era comum, coincidiu com o primeiro dia do Rosh Hashana do ano de 5067, ou primeiro do mes de Tishri, que de acordo com a tradicao, foi tambem quando se terminou a construcao do Templo do Rei Salomao.

Esta opulenta sinagoga para aquele tempo, foi inaugurada pelo Rabi-Mor Dom Judah Ben Yahia, neto do primeiro Rabi-Mor do reino de Portugal, Yahia Ibn-Yaish nomeado por D. Afonso Henriques.
No Museu Abraham Zacuto em Tomar (antiga sinagoga daquela cidade) ainda se conserva a placa dessa sinagoga, embora ja bastante danificada.

Aquela sinagoga estava situada a entrada da Judiaria Grande de Lisboa, relativamente perto da Igreja da Madalena.

Quando em 1497, foi ordenada a conversao forcada dos judeus, todas as sinagogas passaram para a posse do Rei. Pelo que D. Manuel I anos mais tarde, doou o edificio da sinagoga aos frades da Ordem de Cristo, que o transformaram depois de autorizados pelo Papa, na igreja da Senhora da Conceicao (Velha), destruida totalmente pelo terramoto de 1755.

Devo fazer notar, que a ultima sinagoga construida em Portugal, foi a de Gouveia na nossa Serra da Estrela, creio que um ou dois anos antes, da expulsao e conversao forcada dos judeus.

Embora sem a cultura (ou instrucao) trazida pelo Renascimento, os nossos Reis da primeira dinastia, tinham muito mais sentido de justica e eram muito mais tolerantes, para com a gente que professava outras religioes.
Infelizmente para nos portugueses, com as riquezas trazidas com as "Descobertas" (muito devidas ao contributo dos judeus) veio tambem a intolerancia, o odio e a inveja, em quantidades tais, que endureceu o coracao daqueles que por centenas de anos, viveram em harmonia com mouros e judeus.
Nisto, nao esquecamos nunca, o papel intolerante e fanatico, desempenhado pela "Santa" Igreja, Catolica e Romana.

quinta-feira, setembro 07, 2006

Ainda a Casa de Algodres

Voltando a referir-me a casa de Algodres, em que se encontra a inscricao: D 1724, queria fazer mais algumas consideracoes.
O meu amigo Nuno Soares num comentario, referiu que o "D" talvez fosse identificativo de AD (Ano Dominum) referente a nossa comum era, eu discordo porque ali e bem claro so se ver o "D" e nao existe nenhuma duvida que possa ter existido algum A.
O que eu vejo sem grandes duvidas, e neste "D" o Mem ou o Samech do alfabeto hebraico.
Quero tambem lembrar aos meus amigos leitores, que o Samech e a 18a letra do referido alfabeto e que o numero 18 e um numero muito significativo para os judeus, (este numero e o equivalente da palavra Chai, que significa vida) e esta a razao pela qual, as doacoes para as obras assistenciais dos judeus, sao rotineiramente denominadas por 18.
Devo fazer notar a alguns menos atentos leitores, que ja noutras duas gravacoes existentes em casas do meu concelho Fornos de Algodres (arquivos de 4 de Marco) e Figueiro da Granja (6 e 8 de Julho), encontrei o numero 18, em casas que foram com muita probabilidade de "cristaos-novos".

segunda-feira, setembro 04, 2006

GRAVACAO de VILA CHA conclusao possivel


Com a preciosa ajuda dos meus amigos e comentadores e os meus fracos conhecimentos epigraficos, estou convicto de ter chegado a conclusao mais logica, acerca desta gravacao, que podera ser vista numa antiga casa de "balcao". Esta situada junto ao largo do Terreiro, em Vila Cha (d'Algodres), no municipio de Fornos de Algodres.

Significara: "I (Jesus) H (Hominum) S (Salvatore) Deus", tera sido feita entre os seculos XVI e XVIII (embora eu pessoalmente esteja mais inclinado, em ter sido no seculo XVII).
Suponho tambem, sem muitas duvidas, ter sido mandada fazer por algum "cristao-novo", portanto judeu convertido.

E interessante sublinhar, que embora o Salvador portanto Jesus, tem uma total ausencia de qualquer cruz, o que e significativo. Tambem e interessante que embora se possa ver a palavra D*us, ela esta camuflada pela subreposicao de letras; os judeus nunca escrevem a palavra de D*us completa. E tambem interessante que em lugar da cruz sobre o H encontra-se um "til" que de acordo com alguns autores significa uma separacao entre a terra e o ceu.

Neste caso querera dizer que Jesus nao era divino, mas unicamente terreno. Como sabemos, tanto os judeus como os mussulmanos, embora considerem Jesus um profecta, nunca o consideraram filho de D*us.

quarta-feira, agosto 30, 2006

CASA DE ALGODRES


Esta casa que se encontra situada relativamente perto, do Largo da Nogueira, em Algodres, e um bom exemplo de como se deveria recuperar as casas históricas.
Sobre a ombreira da porta, esta a seguinte inscrição: D 1724. E muito provável, que tenha sido propriedade de algum cristão-novo, e, o D signifique D*us.
Sabe-se que ainda hoje, os judeus tem muita relutância, em escrever o nome completo de D*us.
Poderá também ser a sigla do pedreiro constructor, mas no século XVIII, esse costume já estava em desuso. Ou também poderá ser, a inicial do antigo proprietario da casa.
Sempre ficaremos na duvida!
Quero também fazer notar nesta construção, os cachorros ladeando a janela, habito antigo nas construcoes da nossa Beira.
Finalizo com a ideia, de que este suposto D, nao e nada mais, do que o "Men" do alfabeto hebraico!

terça-feira, agosto 29, 2006

ALGODRES e suas terras

Depois de mais de um ano de: "Judeus em Terras de Algodres" e porque desejo que este "blog" continue mais tematico. Decidi iniciar ontem um outro: http://algodres.blogspot.com (meus liks) tem o endereco mais facil de digitar e ate ver, tera comentarios livres. Sera fundamentalmente, sobre a divulgacao historica, documental e arquitectonica de todo o municipio de Fornos de Algodres.
Aos meus queridos amigos, leitores e comentadores, queria deixar um pedido, passem por la de vez em quando e digam da vossa justica.

Um bem beirao: BEM HAJAM.

sexta-feira, agosto 25, 2006

ANIVERSARIO

Com o infausto acontecimento ocorrido a minha familia, ate passou sem referencia o primeiro aniversario deste meu humilde "blog".
Foi o meu amigo Nuno do "blog sobre Algodres" (meus links) que me veio lembrar a data.
Realmente foi no dia 11 de Agosto de 2005, que iniciei estas lides bloguisticas.
Tenho que agradecer a colaboracao de todos os meus amigos leitores e comentadores, pois foram eles que ajudaram e, fizeram com que este projecto tivesse atingido ja um ano de existencia, especialmente quero lembrar que foi o Dr. Nuno Soares, que de certa forma me infectou com este "virus".

Bem hajam a todos pela amizade, que se nao fosse desta forma virtual, provavelmente nunca aconteceria.

Provavelmente brevemente irei reformular, ou ate modificar este blog, mas com "judeus" ou sem eles, continuarei a divulgar as "Terras de Algodres"

terça-feira, agosto 22, 2006

SENHORA DO CARMO Vila Cha - Fornos de Algodres


Ja ha algum tempo divulguei uma fotografia e referi-me a este solar, existente na minha aldeia natal. Hoje e aqui, podemos ver com mais detalhe, a frontaria da capela e a porta principal da casa.

Suponho que o edificio devera datar do seculo XVII ou XVIII, embora haja conhecimento da existencia da familia Soveral, (antepassados dos Pedrosos antigos proprietarios desta casa), pelo menos no seculo XV, pelo que a fundacao sera muito anterior.
O interior da capela e barroco, com um belo altar em talha dourada e tecto em caixotoes, com quadros com pinturas iconograficas, conserva tambem algumas imagens antigas, entre as quais uma pequena da virgem com o menino em pedra.

A pequena casa adjacente com timpano em branco, foi aquela em que este humilde escriba habitou quando veio ao mundo, ja la vao umas dezenas de anos, pelo que conheco estas construcoes muito bem, ficam muito perto da inscricao referida a relativamente pouco tempo.

domingo, agosto 20, 2006

AGRADECIMENTO E HOMENAGEM


Quero sinceramente agradecer a todos os meus amigos leitores, a simpatia que tiveram ao enviar a sua solidariedade para comigo e minha familia, nestes momentos e dias dificeis; bem hajam todos.

Ao mesmo tempo quero com esta fotografia da nossa casa, prestar a minha humilde homenagem, aquele que me deu a vida e em epoca de muitas dificuldades, teve e forca para a adquirir e, ja com a doenca a minar-lhe o corpo ainda teve coragem para a recuperar.

Esta casa situada na Rua da Estacao em Fornos de Algodres, foi mandada edificar na primeira decada do seculo XX, e foi propriedade de uma familia de comerciantes, tendo um deles, sido vareador municipal na primeira camara republicana e, Provedor da Mesericordia em fins do seculo XIX.

terça-feira, agosto 08, 2006

DE LUTO

Hoje dia 8 de Agosto de 2006 este "blog" esta de luto.
O patriarca da familia CARDOSO, acaba de finar-se.
Se nao for aos vossos blogs, ja sabem o motivo.

ADEUS PAIZINHO.

SENHORA DA GRACA - Fornos de Algodres


Esta capela foi fundada no seculo XVI, inicialmente tinha a invocacao de Nossa Senhora do Sobreirinho, porque a imagem inicial foi descoberta junto a um sobreiro.
Desde tempos imemoriais, celebram-se festas grandiosas em louvor de Na. Sa. da Graca, que outrora eram em Outubro, realizando-se tambem uma feira anual.
Tiveram no entanto um interegno em meados do seculo passado, passando a realizar-se novamente na decada de setenta, mas ja no ultimo fim de semana de Setembro.
Presentemente realizam-se no terceiro fim de semana de Agosto integradas nas festas da vila de Fornos de Algodres.
Passem por la entre os dias 18 e 21, ja que eu nao o poderei fazer.
Para os amigos de historia e arqueologia informo que junto a esta capela se encontra um troco relativamente bem conservado de uma via romana.

sábado, agosto 05, 2006

"A ROTA DAS ANTIGAS JUDIARIAS"

Devido ao continuar da guerra e guerrilha no medio oriente, que teima em continuar, ocurreu-me falar hoje de um tema que embora relacionado com uma das faccoes em conflito, tem muito que ver com a nossa regiao.
Estou a referir-me a Regiao de Turismo da Serra da Estrela e a uma das rotas sugeridas, para uma visita as nossa bandas: "a Rota das Antigas Judiarias".
Visita que teria (ou deveria) iniciar-se na bela vila de Belmonte, onde presiste ate hoje uma pequena comunidade judaica, com raizes na epoca medieval; Tem tambem o recem inaugurado Museu Judaico, e a sua contemporanea sinagoga.
Seguidamente passariamos pela Covilha e Guarda, cidades em que existiram grandes comunidades hebraicas, das quais ainda presistem varios vestigios, nas suas zonas mais antigas.
Passariamos depois a Trancoso com a sua Casa do Gato Negro (suposta antiga sinagoga) e a antiga judiaria, Celorico da Beira e Linhares onde existem tambem muitos vestigios das suas judiarias. Gouveia onde se construiu a ultima sinagoga antes da expulsao dos judeus.
E poderamos terminar por "terras" de Fornos de Algodres, onde tem sido descoberto alguns vestigios que nos poderam levar aos "cristaos-novos" portanto judeus convertidos, que tem sido divulgados neste meu "sitio".
Por agora ficamos por aqui, mas se os arabes levarem a deles avante, quem sabe um dia possamos tambem visitar as antigas judiarias, das cidades arabes de Haifa, Jerusalem e Telavive, cidades onde viveram judeus ate aos principios do seculo XXI.

quinta-feira, agosto 03, 2006

Gravacao em Vila Cha III


Aqui publico a versao da gravacao a preto e branco, que eu acentuei a negro, onde se podera melhor observar a minha teoria do "post" anterior.
Caso algum dos meus amigos tenha algo mais a crescentar, continuo aberto as varias opinioes.

terça-feira, agosto 01, 2006

Gravacao de Vila Cha II

Voltando de umas curtas mas recuperadoras ferias, encontrei bastantes bons desejos, por parte dos meus amigos e, algumas ideias para a interpertacao desta gravacao.
Brevemente irei colocar uma outra fotografia a preto e branco, em que se podera ver, talvez melhor, os caracteres ai gravados.
Eu que conheco esta inscricao desde a mais tenra idade, nunca na segunda letra vi um H mas sim um F mal feito seguido de um I, porque julgava que o que parece ser um til, fazia parte da segunda letra.
A ser de facto um H qual sera o significado do til sobre ele?
Quanto a quarta e quinta letra, quer-me parecer ser um E com o D sobreposto, como outrora era normal escrever DE, seguido de um I e um S.
Como referi na outra entrada, suponho que a inscricao nao esteja completa, pelo que sera muito mais dificil a sua intrepertacao.
A ser: iHS o inicio da inscricao, podera ter que ver com uma familia mais religiosa ou recem convertida, entre os seculos XV e XVIII, interessante tambem, e o facto de ainda hoje, os proprietarios dessa casa terem o apelido: Carvalho.
Como muita gente afirma, (embora nao esteja provado) muitos dos judeus convertidos adoptaram nomes de arvores, e Carvalho era um desses nomes.

domingo, julho 23, 2006

GRAVURA em Vila Cha (d'Algodres)


Enquanto vou passar uma semanita de ferias, em terra de bastante Sol e calor (espero) e, porque provavelmente nao terei disponibilidade para vir a "internet", deixo a apreciacao dos meus amigos, esta gravura existente na minha aldeia natal.

Esta colocada (creio que nao no local original) na parede de uma antiga casa granitica de balcao, que se encontra junto a outra onde este vosso amigo, viu pela primeira vez a luz do dia (sim eu nasci em casa, nesse tempo ainda se nao nascia em Badajos).

Sempre me quiz parecer que nao se encontra completa, nao sei de que epoca e, nem sei o que significa. Pelo que gostaria a opiniao dos meus leitores e amigos.

Ps: se acaso neste proxima semana, nao comentar os vossos "posts" ja sabem qual e a razao, desejo-vos a todos uma boa semana e caso se encontrem tambem em ferias, tenham-nas boas. Ate breve.

sábado, julho 22, 2006

ASSOCIACAO TERRAS DE ALGODRES

Tive conhecimento atravez do "blog": http://acv-desassossegos.blogspot.com, que se vai constituir formalmente na proxima semana a "Associacao Terras de Algodres", com a finalidade da defesa e divulgacao do patrimonio do municipio de Fornos de Algodres.
No referido blog informa que esta aberta a todos os amantes destas terras, a aderencia a este projecto. Pessoalmente ja aderi e deixo um repto a todos os que de alguma forma estejam ligados a estas coisas do patrimonio e, gostem destas terras tambem facam a sua aderencia. Todos nunca seremos demais.
Bem haja Doutor Valera por mais esta iniciativa.

sexta-feira, julho 21, 2006

"MELOS" Cristaos-novos do Ramirao

Lembrar-se-ao alguns dos meus mais atentos leitores, de que em entradas de 11, 13 e 16 de Marco, me ter referido a uma antiga casa com umas gravacoes que eu descobri e, tambem a uma lapide em que se pode ler o seguinte: "ANTONIO DE MELO DE S. PAIO 20 DE DEZEMBRO 1653".
Embora ja na altura estivesse convicto, de que aquela casa pelas gravacoes referidas, tivesse sido de um cristao-novo, portanto judeu convertido, houveram no entanto duvidas, por parte de alguns comentadores.
Acontece que descobri recentemente, que um antepassado deste Antonio de Melo era de facto cristao-novo: E o que afirma um processo existente no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, onde referente ao Tribunal da Inquisicao de Evora em 11/06/1575 figura: Nicolau de Melo natural e residente em Ramirao do termo de Algodres, de 54 anos, casado com Violante da Fonseca, filho de Jorge de Figueiredo Almeida e Isabel de Melo, cristao-novo, acusado de blasfemias hereticas. (Codigo de referencia PT-TT-TSO/IE/21/8252)
O que no entanto e estranho, e que de acordo com dados fornecidos por um amigo e leitor deste blog, este Nicolau de Melo, foi administrador do morgadio da Quinta do Casainho (ja tambem referida) senhor da casa e quinta do Ramirao e administrador duma capela no Casal Vasco tambem ja referida (Senhor dos Loureiros), De acordo com as mesmas fontes que considero fidedignas, a mae deste Nicolau era filha de Diogo Lopes de Lima e de Joana Melo, que por sua vez era filha de Luiz Mendes de Caceres. Sendo os Caceres fidalgos de nobreza antiga e portanto cristaos-velhos, o sangue judaico desta familia, devera provir deste Diogo Lopes de Lima que foi o primeiro senhor da Casa do Ramirao. Deveria ter sido pessoa rica e tera obtido foro de nobreza, pelo casamento com aquela senhora da familia Caceres, de facto a antiga casa embora presentemente em ruinas, era uma casa que indiciava riqueza para aqueles tempos.
Sera que o Antonio de Melo que eu suponho pela diferenca de datas, tenha sido filho ou neto daquele Nicolau, tenha passado a intitular-se de S.Paio a partir de 20 de dezembro de 1653, para que a "santa inquisicao" nao tivesse mais nenhumas duvidas, acerca do seu cristianismo?
Quero tambem fazer notar, que embora sem por em causa a "pureza de sangue" da familia Caceres, que tambem encontrei um processo de uma pessoa com esse apelido, que era de Linhares da Beira.

quarta-feira, julho 19, 2006

CASAL VASCO IGREJA


A igreja do Casal Vasco embora seja de fundacao muitissimo mais antiga, presentemente e uma construcao da epoca barroca. No seu interior podem ver-se no piso, lapides sepulcrais, que suponho serem de membros da antiga familia Caceres, residente nesta freguesia pelo menos desde o seculo XIV.
Como ja referi anteriormente, estes Caceres foram senhores da vila de Algodres, em finais do seculo referido e, o Casal Vasco estava incluido do termo daquele concelho.

terça-feira, julho 18, 2006

TERRORISMO E JUDEUS

Ha varios dias que tinha pensado em expor as minhas ideias sobre este assunto, provavelmente irei ser mal compreendido, mas nao deixarei de toda a maneira de expressar-me.
Todos sabemos que a zona em que se encontra Israel e a Palestina, (nao seram um so?) tem sido lugar de guerras desde os tempos mais longinquos, Babilonios, Persas, Gregos, Romanos, Judeus, Cristaos e Mussulmanos, para so falar em alguns, lutaram pela posse de uma terra arida e desertica, porque?
Diz o Dr. Saraiva (a alma e a gente) que muitas dessas lutas, foram originadas porque por essa regiao passavam as especiarias vindas a India e China e, todos queriam controlar essa zona, e obter lucros com esse comercio. Parece que ate as cruzadas foram com essa intencao, embora usado o nome de Cristo para justifica-las.
Se agora nessa area nao existem riquezas e nao e uma area estratregica, (ou sera) Porque se continua a lutar e a morrer por la?
Compreendo ate certo ponto a inveja, que os judeus podem desencadear ao tornarem desertos aridos em jardins, mas nao seria preferivem copiarem-lhes o exemplo e fazer o mesmo? A Jordania governada por um rei que aprendeu com o Ocidente, ja esta a fazer isso mesmo.
Nao me admira que os comunistas, comunistoides e outros liberais que pensam terem sempre razao, estejam ao lado dos palestianos e Hesbolahs terroristas pois esses estao sempre do lado oposto da razao.
A esses eu so queria que me explicassem claramente, que creem que deveria fazer Israel ou outro pais com dignidade, quando le explodem autocarros e mercados creios de gente, quando lhe raptam os seus soldados e quando lhe bombardeiam com misseis as suas cidades?
Talvez eles nao o digam mas creio que preferiam que um pais democratico e livre desse lugar a outro em que o extremismo religioso coata-se esses valores, ou ate exterminar a raca judaica, como ja o tentaram outros.

quinta-feira, julho 13, 2006

DIABOS E DIABICES

Tendo comecado a falar em diabos e outras personagens do oculto, ocorreu-me hoje contar-vos uma lenda, que corre na nossa regiao: Desculpem-me se nao a contar com muito geito, mas e mais ou menos assim que vem referida na monografia TERRAS DE ALGODRES (Concelho de Fornos) escrita em 1938, pelo Monsenhor Pinheiro Marques.
..."Consta que certa vez um habitante de Algodres dirigindo-se durante a noite para a vila, deu-se conta que em determinado lugar, havia uma reuniao de varias personalidades, com curiosidade aproximou-se e viu que era uma reuniao de diabos, que tendo aparencia humana tinham no entanto chifres na testa, quando ele se tentava aproximar mais, para ver se conseguia descobrir mais acerca desse encontro, os demonios deram pela sua presenca, pelo que tentaram deitar-lhe a mao. O desgracado homem temendo pela vida, desatou a correr desalmadamente, dirigindo-se a igreja com o intuito de tocar o sino, tentando com isso alertar alguem que o podesse socorrer. Ja a vista da igreja e quando estava quase a ser alcancado pelas criaturas infernais, cantou um "galo preto romano" tendo os diabos desistido da preseguicao e captura, que se nao consumou, nao pelo facto dos mafarricos de terem avistado a cruz da igreja, mas sim pelo canto do galo preto.
A provar que esta lenda e verdade, ainda hoje o sitio da referida reuniao se identifica como: Quinta do Inferno e, Algodres e considerada a terra, onde o "Diabo" tem o seu patrimonio"...

terça-feira, julho 11, 2006

A MORTE


Na torre sineira da igreja matriz de Casal Vasco, freguesia que eu ja referi algumas vezes neste blog, existe esta escultura que faz lembrar o diabo, (se e que ele e como aparece retratado) eu pessoalmente nunca o vi e, provavelmente nao o verei, nao porque me considero santo, muito pelo contrario, mas porque nao creio na sua existencia.
Provavelmente os responsaveis pela construcao da igreja, tambem nao acreditariam muito ma sua existencia, senao nao colocariam a sua suposta escultura, numa igreja que foi feita para adorar a D*us.
As criancas do meu tempo e provavelmente anteriores, costumavam os adultos dizer que esta escultura era a "morte" pelo que alguns mais influenciaveis, davam tudo para passar longe dela. Felizmente nos dias de hoje ja se nao mete medo as criancas, e elas (as criancas) cada vez acreditam menos nessas patranhas, mas sim muito mais nos caracteres animados japoneses.
Outros tempos, outros habitos e outros gostos.

sábado, julho 08, 2006

Gravacao em Figueiro da Granja parte 2



Continuando a falar a referida gravacao, hoje coloco a consideracao dos meus amigos duas fotografias a preto e branco com os caracteres avivados, (pelo menos o que consigo ver).
Uma e a forma em que esta colocada na referida habitacao, a outra e invertida, pois eu creio que podera nao estar no local originario, e, ter sido colocada invertida nesta construcao.
A estar colocada na posicao original, talvez se consiga ver a data de: 4381, que so faria sentido se considerassemos o calendario judaico e isso atirar-nos-ia para o seculo primeiro, o que eu considero improvavel.
No caso de estar invertida poderia ser 1804 e os outros riscos estarem a mais.
Mas tambem podera ser so o numero 18 com uns rabiscos nao identificados.
A titulo de curiosidade, quero fazer notar que o numero 18 e um numero muito simbolico para os judeus e ja aparece numa outra gravacao em Fornos de Algodres, numa casa que foi sem duvida de "cristaos-novos", aparecendo neste caso o numero 18 seguido de um 5 ou S. (ver meus arquivos de Marco)

quinta-feira, julho 06, 2006

Gravacao em Figueiro da Granja


Como prometido ao meu amigo Nuno, do Blog sobre algodres, (meus links) aqui coloco a colaboracao dos meus leitores, uma gravacao que eu descobri na antiga vila de Figueiro da Granja, no passado mes de Fevereiro.
Parece ser uma data, mas a se-lo nao faz muito sentido, pois o primeiro numero aparenta ser um quatro, tambem ja pensei na possibilidade de estar invertida mas a ser assim os dois ultimos numeros nao fazem sentido.
Que me dizem os meus amigos?

terça-feira, julho 04, 2006

Ainda a gravacao em Algodres


Como o prometido e devido, aqui coloco a foto a preto e branco da gravacao ja referida.
Fica a consideracao dos meus amigos, especialmente do Joaquim Batista: http://porterrasdoreiwamba.blogspot.com

segunda-feira, julho 03, 2006

Restos de Janela - Algodres


No Largo da Misericordia, encontra-se incorporada numa construção incarateristica, o que eu suponho ter sido, a parte superior de uma antiga janela.
Ai podemos ver, esculturas antropomorficas já um pouco desvanecidas, pela acção dos tempos.
Desconheço se estas pedras são originarias de uma construção aqui localizada, ou se estavam noutro local e para aqui foram deslocadas.

quarta-feira, junho 28, 2006

JUDEUS EM ALGODRES ? II


Dando seguimento a entrada anterior sobre o tema, refiro-me agora a outra inscricao conhecida na antiga vila de Algodres. Nesta ve-se muito mais bem grafado, o emblema eucaristico, muito em voga nos seculos XVII e XVIII, mas tambem ainda presentemente usado.
Aqui vemos que o H se encontra carregado com uma cruz latina, no entanto o que mais me chamou a atencao, foi a cruz que foi gravada no lado direito; E uma cruz em forma de X, conhecida por "Cruz de Santo Andre", pois de acordo com a historia (ou lenda) foi numa cruz com este formato, que aquele santo foi cruxificado.

Embora sem o afirmar categoricamente, creio que a semelhanca da gravacao referida na entrada anterior, tambem esta tera sido mandada fazer por um "cristao-novo", portanto judeu converso.

Este X pode tambem ser a sigla do pedreiro constructor, no entanto essas siglas identificativas, foram muitissimo mais usadas em epocas mais recuadas.

Ha tambem alguns autores, como o meu amigo Nuno Soares: "Blog sobre Algodres", (meus links) que devido a humildade desta construcao, sugere que tera sido um estabulo de animais e aqui nunca ter habitado ninguem, tendo a gravacao ali sido colocada como que para abencoar os animais.
No entanto temos que convir, que construcoes toscas como esta, foram outrora habitacoes, mas, embora o possam nao ter sido, por si so, isso nao descarta a hipotese da construcao ter sido propriedade de algum judeu convertido.

Queria tambem fazer notar, que uma cruz como esta "de Santo Andre", existe tambem numa casa sita na Rua da Torre, em Fornos de Algodres, a qual me referi na entrada de 19 de Marco passado.

terça-feira, junho 27, 2006

PORTUGAL e a INGLATERRA

Podem muitos dos meus amigos nao concordar comigo, mas lendo atentamente a nossa historia, cheguei ja ha muito a conclusao, de que os nossos "amigos" e aliados ingleses, de amigos tem muito pouco.
Podemos apercebermo-nos que sempre que podiam, ficavam a "cagar-se" para a mais antiga alianca europeia, vindo despojar-nos do que era nosso.
Foram as "nossas" terras ultramarinas, o nosso vinho do Porto, tentando ate a Ilha da Madeira, o Algarve etc.
Nunca tive simpatia pelos subditos da dona Isabel, pela sua sobranceria e cinismo. Ja o Mourinho lhes deu a licao que eles costumam dar aos outros, pelo que para finalizar o gosto maior que sentiria, era voltar-mos a poder mostrar-lhes que PORTUGAL embora pequeno em tamanho, tem a alma do tamanho do mundo que nos descobrimos para a Europa e, que eles como piratas foram depois arrebanhando.
Ouvi ha dias um adepto anglo dizer na nossa rtp: "Portugal, e uma cidade de Espanha!",
Possam os nossos jogadores com a ajuda de D*us faze-los cair na realidade.

VIVA A MONARQUIA LUSITANA

VIVA PORTUGAL

sábado, junho 24, 2006

OS JUDEUS, PORTUGAL E A HOLANDA

Nao sei se os meus amigos sabem, que aquando do edito de expulsao dos judeus em Portugal em 1497, os judeus mais endinheirados, conseguiram arranjar maneira de sair de Portugal. Porque o Rei D. Manuel I enquanto os expulsava, ao mesmo tempo fechava-lhes os portos, batizando-os a forca.
Como nao podiam ir por terra, (a Espanha ja tinha feito o mesmo cinco anos antes) ficavam encurralados.
Muitos dos conseguiram fujir foram parar a Holanda, pais com o qual ja tinham relacoes comerciais.
Amanha portanto e muito provavel, que com a excepcao dos africanos, tanto numa equipa de futebol como na outra, haja sangue hebraico a jogar o desporto rei.
Espero que os mais fortes mental e fisicamente, possam tambem ser ajudados pela deusa da sorte, da minha parte nao acharam mal, que deseje seja este "pais a beira mar plantado"

VIVA PORTUGAL, com futebol, mas e tambem sem ele.

segunda-feira, junho 19, 2006

JUDEUS EM ALGODRES I


Depois de me ter referido, a algumas conhecidas evidencias, da presenca judaica em algumas das "Terras de Algodres", vou-me hoje referir a propria povoacao que foi vila ate 1836: Algodres.
Tanto quanto tenho conhecimento, presistem ainda no casario da antiga urbe, duas gravacoes nas pedras de antigas casas, que nos poderam levar a pensar que foram mandadas fazer por "cristaos-novos", portanto judeus convertidos.
Embora pudessem nao ter sido e, ser so um acto de fe mais acentuada, por parte de "cristaos velhos", eu pessoalmente estou muito mais inclinado, para a primeira hipotese.
Vou-me debrucar sobre uma destas gravacoes, e sobre ela dar as minhas opinioes:
Esta gravacao como se pode ver, e o simbolo usual da Eucaristia, principalmente a partir do seculo XVI, mas encontra-se com o "S" ao contrario, alem disso tampouco tem o H carregado com uma cruz, como normalmente se ve.
No entanto embora com algumas diferencas e, sem por em causa o simbolismo cristao, tambem consigo ali ver sem grande dificuldade, trez letras do alfabeto Hebraico: O Waw, o Aleph e o Lamed.
Embora sem ser entendido na materia, vou ousar dar a explicacao, do simbolismo das referidas letras:

LAMED = Letra simples, significa o pricipio evolucional da pessoa; o balanco entre o julgamento e comtemplacao; o espirito que escapa da materia mantendo o poder sobre ela.

ALEPH = Letra mae, significa O poder universal da unidade; a origem onde se cria o espirito que irradia puros pensamentos; a criacao que se perpectua ate ao infinito.

WAW = Letra simples, significa Criacao pela unidade e fretilidade; encontro com o destino e liberdade; o que balanca a lei de causa e efeito.

Teriamos entao: O Principio evolucional; O Poder universal e a Uniao e destino.

Estas consideracoes, podem muito bem ser unicamente fruto da minha imaginacao, mas tambem podem muito bem ter algo de uma verdade, que provavelmente nunca saberemos.

quinta-feira, junho 15, 2006

ALGODRES - CASA DA FAMILIA CAMELO FORTE


Junto das casas que foram propriedade da familia Camelo-Forte, ja se pode ver algum do trabalho de re-qualificacao desta antiga vila, tal como: novas pavimentacoes e electrificacoes e, em que as utilidades como aguas, saneamento e cabos electricos, ja se encontram enterrados.
Daqui faco votos, que os trabalhos nas outras partes da povoacao, brevemente se concluam.

ALGODRES "EX" ALDEIA HISTORICA

Parece que vai ser desta, a conclusao das obras de requalificacao historica, da antiga vila de Algodres.
Noticias recentes dao como certo, o acordo em o municipio de Fornos e o IPPAR.
Foi pena que se tenham perdido anos, em burocracias e que entretanto tenham dado o titulo de: "Aldeia Historica", a uma vila e a uma cidade, ate parece que os que ja estao melhores, e que tem quer ser mais ajudados!
No entanto, "nao perder a esperanca", deve ser o mote para continuar a lutar contra as adversidades.

terça-feira, junho 13, 2006

SENHOR DOS LOUREIROS


Continuando a referir-me a capela, em que se encontra incorporada a escultura da cabeca, que eu cognominei de: "Vasco", irei hoje referir a historia por mim conhecida desse pequeno templo.
Embora nao saiba a data da fundacao exacta, sei que e anterior ao seculo XVI, pois antes de 1598 ja existia, era por essa altura seu quarto administrador: Nicolau de Melo de Figueiredo.
Creio que o primeiro patrono desta capela, tera sido Santo Antonio e tambem Santa Catarina, passando em data incerta para Santo Cristo do Loureiro. Na presente data o patrono e Nosso Senhor dos Loureiros, uma pequena modificacao do nome.
Esta invocacao tem que ver, com o facto da existencia de um loureiro secular em frente a capela, que se encontra protejido por um muro de alvernaria.
Embora sem certezas, suponho que o antigo patrono desta capela, (Santo Antonio) daqui tera transitado para para patrono da igreja matriz, no seculo XVIII, aquando da reconstrucao deste templo.

sexta-feira, junho 09, 2006

PORTUGAL CAMOES COMUNIDADES


AS ARMAS E OS BAROES ASSINALADOS,
QUE DA OCIDENTAL PRAIA LUSITANA,
POR MARES NUNCA DANTES NAVEGADOS,
PASSARAM INDA ALEM DA TAPROBANA.
EM PERIGOS E GUERRAS ESFORCADOS,
MAIS DO QUE PERMITIA A FORCA HUMANA,
ENTRE GENTE REMOTA EDIFICARAM,
NO REINO QUE TANTO SUBLIMARAM.
CANTANDO ESPALHAREI POR TODA A PARTE,
SE TANTO ME AJUDAR O ENGENHO E ARTE.

Aqui esta a resposta a minha pergunta das bandeiras, nao, nao e o futebol, que neste ano ate coincide, nos portugueses em terra do tio Sam, celebramos em Junho o mes de Portugal.

Uma imagem do nosso rancho a dancar, depois da bandeira das quinas ter sido asteada, junto a camara municipal ca do burgo, que tem cerca de quarto da populacao de sangue Luso, entre os 40000 dos seus habitantes. Ate o presidente e filho de portugueses.

POR ISSO FELIZ DIA DE PORTUGAL PARA TODOS, ENCONTREM-SE ONDE QUER QUE SEJA.

quinta-feira, junho 08, 2006

"O VASCO" ou sera "BASCO"


Depois de vos ter apresentado "O Algodres", hoje dou-vos ao conhecimento: "O Vasco".
E uma escultura ja um pouco esbatida pelo tempo, do que parece ser uma cabeca humana. Encontra-se colocada no fachada principal da Capela do Senhor dos Loureiros, na freguesia do Casal Vasco.
Fui eu que lhe dei o nome, talvez seja uma heresia, mas se Algodres tem: "O Algodres", porque razao o Casal Vasco nao haveria de ter: "O Vasco", ou sera "Basco"?

segunda-feira, junho 05, 2006

NESTA RUA SAO TRES CASAS SEGUIDAS

AQUI ESTAO AS BANDEIRAS

PORQUE NOS STATES?

Hoje quero colocar aos meus leitores uma questao. Porque sera que a partir do comeco de Junho os "tugas" colocaram bandeiras nacionais "portuguesas" nas suas casas?
Vamos a ver quem acerta.

sexta-feira, junho 02, 2006

"O ALGODRES"


Ja muito tenho escrevinhado acerca de Algodres e da regiao, mas ainda nao tinha apresentado aos meus amigos, aquele que segundo a lenda deu o nome a terra. Provavelmente isto e unicamente parte do folclore popular, mas tambem pode ter algo de verdade, pelo sim pelo nao, aqui lhes apresento: "O Algodres."

E uma gravacao, que se encontra na parede posterior, da igreja matiz da antiga vila, representa um personagem, que parece ser algum membro do clero, com um enorme chapeu.
Afirma o povo (e quem sou eu para o desmentir) que foi o fundador da povoacao, pelos anos mil da nossa era e tinha o nome de "Algodres".

quinta-feira, junho 01, 2006

AS CRIANCAS hoje e SEMPRE

....ELES NAO SABEM NEM SONHAM
QUE O SONHO COMANDA A VIDA
E SEMPRE QUE UM HOMEM SONHA
O MUNDO PULA E AVANCA,
COMO BOLA COLORIDA
ENTRE AS MAOS DE UMA CRIANCA.

(Antonio Gedeao)


Que os sonhos coloridos de todas as criancas, se concretizem a muito pouco prazo.

Um beijo: Miguel Jose.

terça-feira, maio 30, 2006

ALMINHAS DAS CORGAS - VILA CHA D'ALGODRES


As alminhas, monumentos eregidos a perpectuar tambem alguma morte, normalmente violenta, podem ser encontrados nas beiras dos caminhos, em todas as freguesias do nosso concelho. Hoje vou referir-me a um destes singelos monumentos, existente tambem na minha aldeia de Vila Cha e, a historia a ele relacionada.

Provavelmente ja pouca gente sera comtemporanea de um crime, cometido na minha terra em 1923: era vespera de casamento de Jose Gomes com Maria Jose Antunes, (familia dos "Carpinteiros")Estava o Jose a comemorar com os amigos, quando foram intrepelados pelos soldados da GNR, de forma grosseira e com sobranceria, pelo que o "Ze Gomes" lhes tera respondido que nao tinham medo deles, foi entao que num acto irreflectido, um dos guardas puxou pela sua arma e, lhe desferiu um tiro que lhe ceifou a vida na forca da juventude, quando se preparava para constituir uma nova familia.

Este acto originou uma revolta popular, tendo os guardas sido despojados das armas e espancados pela populacao da minha terra, sendo muito a custo que conseguiram fujir para a vila de Fornos. Tendo provavelmente contado a estoria a sua maneira, foi em seguida mobilizada uma companhia da GNR, da cidade da Guarda, que cercou a aldeia enquanto faziam o interrogatorio a toda a populacao, para tentar apurar quem tinham sido os agressores dos guardas, esquecendo o crime que tudo originou.

Ao fim de alguns dias, sem terem conseguido nenhuma confissao, la levantaram o cerco, pois a gente da minha aldeia num sentimento de uniao, (presentemente quase desconhecido) foi firme e, a pergunta de quem foram os agressores, respondia sempre da mesma forma: "Foi Vila Cha".

Sei que os guardas assassinos, foram depois retirados do posto de Fornos de Algodres e, imigraram para o Brasil, com medo de futuras represalias por parte dos meus conterraneos, que por essa altura eram praticamente todos primos.

Este crime ocorreu a entrada da povoacao, no Largo das Corgas e, no local foram erguidas as "Alminhas" de que publico a fotografia. Ai encontra-se esculpida uma cruz trilobada sobre um oratorio liso e uma cartela em alto relevo, tendo na base gravado o ano do funesto acontecimento: 1923. E pena que nada mais tenha gravado e, e para que os mais novos tenham conhecimento deste facto, que eu publico esta entrada.
Outrora o pequeno monumento estava colocado no meio do largo, precisamente no local do crime, mas porque procederam a obras de alargamento e, porque dificultava o transito, foi colocado junto a um muro, estando ladeado por bancos de granito.
Talvez ninguem da Junta da Freguesia leia esta entrada, mas se o fizerem, queria sugerir-lhes, que dedicassem o largo a este nosso infeliz conterraneo.

quinta-feira, maio 25, 2006

CULTO DOS MORTOS "ALMINHAS" I


Desde os tempos mais remotos, que as varias civilizacoes prestam culto aos seus mortos, entre nos existem evidencias disso desde o tempo dos Celtas, que em sua honra ergueram varias Antas e, do tempo dos romanos com as varias aras votivas.
Quando mais tarde os povos colonizados pelos romanos, adoptarama religiao crista, esta foi aos poucos adoptando os costumes antigos, adaptando-os de acordo com a nova fe.

Uma das tradicoes que foi adaptada, no que respeita ao culto dos mortos, foi a das "alminhas". Em Portugal existem inumeros desses singelos monumentos, mas em muito maior quantidade na parte norte e centro do pais. Ha-os de varias epocas e, ainda hoje presiste o habito da colocacao de memorias funerarias, nos locais em que ocorre a morte de alguem tragicamente.

As "alminhas" sao normarmente um monumento megalico esculpido, em que de ve uma cruz gravada ou esculpida, sobreposta a um oratorio onde eram pintadas cenas do "purgatorio" com as almas a pedir as oracoes dos passantes, pois eram eregidas junto a caminhos e estradas. Na freguesia da minha naturalidade (Vila Cha d'Algodres) existem varios destes singelos monumentos, havendo-os de varias epocas.

Estas "alminhas" que ilustram esta entrada, ficam situadas na estrada de ligacao a Cortico d'Algodres, a cerca de cem metros da fonte de Santo Antonio. Esta estrada e tambem o caminho da via sacra, que segue em direccao ao Calvario e, talvez fizessem parte de uma estacao da "via sacra". No entanto nas minhas recordacoes de infancia, consta que aqui vinha a prossicao das "Ladainhas", no dia do "voto" de Na. Sa. dos Verdes, talvez porque ficam na direccao geografica, da capela desta denominacao, sita em Forninhos no vizinho concelho de Aguiar da Beira.

Este "voto" ou promessa foi instituido aquando de uma severa praga de gafanhotos, que devastaram os campos da regiao, creio que no seculo XVIII. Nessa altura enquanto a gente dos antigos concelhos de Fornos, Infias e Figueiro da Granja, fizeram o "voto" a Senhora dos Verdes da Abrunhosa-a-Velha, o concelho de Algodres no qual estava incluida a freguesia de Vila Cha, ia cumprir a promessa a Forninhos. Creio que ja tera sido no seculo XX que se deixou de fazer esta romagem e, embora la continuassem a ir pessoas individualmente, a romagem era feita nas varias aldeias com as ditas "prossicoes das ladainhas".

terça-feira, maio 23, 2006

A ESTRELA DE DAVID

Ja os nossos reis, durante os primeiros anos da segunda dinastia, obrigavam os judeus a usar um distintivo, para os diferencar da populacao crista. Sabemos o que veio a seguir: A expulsao, a conversao forcada e a "santa" Inquisicao.

Na decada de trinta do seculo passado, o mesmo fizeram Hitler e os seus seguidores, sabemos o que veio a seguir: Pilagens, prisoes e o holocausto.

Agora o "senhor presidente do Irao, decreta a mesma medida. O que vira a seguir???

Quando sera que a humanidade passara realmente a ser humana e, aprendera a nao repetir os mesmos erros historicos.

Ou muito me engano, ou esse "cavalheiro" nao vai ter um bom fim, sao ca presentimentos.

sexta-feira, maio 19, 2006

AINDA A SENHORA dos MILAGRES


Continuando a falar da ermida da Senhora dos Milagres da Muxagata, devo informar que aqui se venera a virgem Maria, desde tempos imemoriais, existindo ate principios do seculo XVIII um belo santuario, que juntava crentes de uma grande parte da Beira.
Por essas alturas, nao consegui saber a data correcta, existiram serios desentendimentos entre o paroco, a junta da paroquia e a hermandade da Senhora. Pelo que o bispo da diocese de Viseu, para sanar o conflito, decidiu fazer transportar a imagem da santa para Viseu, protejida por um esquadao de cavalaria.
Aparentemente esta accao, nao so nao resolveu nada, como veio exaltar ainda mais os animos, porque os habitantes desta freguesia, ja que nao tinham a imagem, decidiram destruir o templo, fizeram-no, nao tendo ficado pedra sobre pedra.
Ai foram buscar pedra, as pessoas que o desejaram e, ate da vizinha freguesia de Figueiro da Granja vieram e, tendo contruido uma ponte provisoria sobre a ribeira, num so unico domingo, levaram cerca de duas duzias de carros de bois de cantaria, com a qual entre outras coisas, enriqueceram a sua Matriz.
Estes factos, vieram causar para alem dos conflitos anteriores, desentendimentos entre estas duas freguesias, pelo que aquando da segunda "aparicao" e construcao do templo existente, em dias de romaria sempre havia cenas de pancandaria, entre a gente da Muxagata e de Figueiro. Ainda na decada de sessenta do seculo passado isso acontecia e, eu em crianca assisti, a uma troca de mimos entre algumas pessoas, entre elas, o aquela data presidente da camara de Fornos, pessoa natural e residente em Figueiro da Granja.
Estas romarias da Senhora dos Milagres, eram tao importantes e concorridas, que quando da construcao da linha do caminho de ferro da Beira Alta, foi contruido um apeadeio relativamente perto da ermida, onde paravam os comboios nos dias de festa: 25 de Marco e 8 de Setembro, para alem disso deslocavam-se dezenas de autocarros com gente de partes varias.
A fotografia que publico e uma vista actual do templo, tirada da parte posterior, e portanto menos usual. Ai se podem ver alguns lavores graniticos dos fins do barroco.

quinta-feira, maio 18, 2006

SENHORA dos MILAGRES II


No recinto da Senhora dos Milagres, podem ver-se varios monolitos graniticos, com formatos interessantes. Este que vemos na fotografia, far-nos-a lembrar a forma de um "miscaro" ou "tortulho".
Para os menos dentro da linguagem da nossa regiao, estes termos referem-se a duas variedades de fungos comestiveis, identificados por cogumelos.

terça-feira, maio 16, 2006

SENHORA dos MILAGRES


Este rochedo forma com outro uma pequena gruta, em que em 1786, supostamente apareceu a um pastor, uma imagem da virgem, que tinha sido levada para a se de Viseu, uns anos antes.
E interessante tambem, que por essas alturas trabalhava para a diocese, um natural desta freguesia. (Muxagata).
E tambem de notar que tambem nesta "aparicao" existe um pastor.
Antes desta aparicao, existiu nesta area um santuario grandioso, que tinha sido destruido pelos naturais, aquando da transferencia da imagem, para a se de Viseu, cerca de cem anos antes.
Foi facil transformar a gruta, em pequena capela, como se pode ver. Esta situada no "Locum mourum" (lugar dos mouros) que ja aparece num documento de 1170. (carta de couto de Figueiro da Granja)

Devido a terem-lhe destruido o antigo templo, a gente da Muxagata, era tida como pouco religiosa, pelo que por alturas destes acontecimentos, foi feita a seguinte quadra.

O Senhora dos Milagres
Onde fos-te aparecer,
Em terras de Muxagata
Que nem se sabem benzer.

sábado, maio 13, 2006

ANIVERSARIO DO BLOG SOBRE ALGODRES

Judeus em Terras de Algodres

Fez no dia 2 de Maio um ano de existencia o blog: Um Blog sobre Algodres, do meu amigo Nuno Soares,(vejam nos meus links) embora com algum atrazo e, para o qual me desculpo, nao queria de forma nenhuma deixar passar em branco este facto. Foi este blog, que comecei a consultar quase desde o seu inicio, que injectou em mim, este virus benefico (digo eu) da blogistica, coisa que diariamente nao dispenso.
Devo tambem afirma-lo, que foi este meu amigo, que me deu a ideia, para que o Judeus em Terras de Algodres, visse a luz da "blogsfera".
Por tudo isto e mais, quero dar os meus parabens ao Nuno, enquanto faco votos que os seus afazeres profissionais, lhe consigam dar algum tempito, para nos continuar a ilustrar com o seu saber, com entradas mais frequentes.

Um grande abraco de amizade Nuno e
Parabens para: Um blog Sobre Algodres

sexta-feira, maio 12, 2006

PENEDO de ALVIDEIRA



Situado junto a estrada que de Vila Cha vai para Muxagata, encontra-se este monolitico granitico. Embora presentemente se encontre rodeado, por uma serra praticamente despida de vegetacao, ainda ha menos de duas decadas, estava rodeados de pinhais frondosos.
Por ironia do destino, arderam todas as arvores em redor, ficando unicamente aquelas nascidas no topo do penedo (ou "penedro" como diz o nosso povo).

Esta fraga esta situada numa propriedade da minha familia e, sobre ela corre a lenda; De que em seu interior, esta escondida uma moira encantada, que unicamente dali sai em noites de lua cheia. Embora eu ja estivesse junto da pedra, em noites de lua cheia, nunca tal moira me apareceu, mas quem sou eu, para desmentir as lendas populares.

Nunca ate hoje, consegui descobrir, qual a origem do nome do penedo, sera que tera algo que ver com a "moira", ou com a brancura dos seus trajes?

quinta-feira, maio 11, 2006

DOLMEN ANTA ou CASA DA ORCA de CORTICO



O munumento que teve a vedacao e placa descritiva vandalizadas.

quarta-feira, maio 10, 2006

Judeus em Terras de Algodres

Judeus em Terras de Algodres

OS VANDALOS

A historia ensina-nos que dentro das invasoes que acontecem ao imperio romano em principios do primeiro milenio, ouve tambem a do Vandalos. Foram assim identificados, porque a sua passagem destruiam tudo.
Entao nao que passados mais de mil anos, ainda andam pela "Terras de Algodres".
Soube atravez de dois "blogs" amigos, que recentemente foi destruida a vedacao de proteccao e a placa descritiva e identificativa da Anta ou Casa da Orca de Cortico d'Algodres, no concelho de Fornos.
Ja na minha ultima visita, em Fevereiro passado, tinha notado algum desse vandalismo, ma referida placa, pois algumas palavras da mesma tinhao sido rasuradas (raspadas), ja nessa altura me revoltei interiormente, pelo que quando soube deste triste facto, apoderou-se de mim um sentimento de raiva e frustracao.
Sei o quanto tem sido dificil, para um concelho pequeno e pobre como o nosso, esses investimentos, sei o quanto (graciosamente) tem colaborado varias pessoas, para a divulgacao do nosso patrimonio, pelo que nos perguntamos, todos quantos trabalham para a sua defeza, se vale a pena todo este esforco.
E uma grande frustracao ver um trabalho, que temos ouvido realcar, ser destruido por pessoas que so o sao de nome.
Este e outros atentados so vem provar, que ainda falta muito, para que o nosso povo tenha a cultura e sensibilidade desejada, ou pelo menos uma parte dele.
Ja me tinha referido a este monumento de interesse publico, na entrada de 28 de Janeiro passado, se quiserem saber mais sobre ele vao aos meus arquivos de Janeiro e, desculpem o desabafo.