terça-feira, fevereiro 06, 2007

A Minha Homenagem ao Marquez de Tomar

O solar do Marquez de Tomar, onde funcionou durante muitos anos o "Colegio" com o mesmo nome, que formou muita gente da minha geracao.

Por estamos numa de lembrar "os grandes portugueses", embora nao tenho sido colocado nos 100 nomes mais votados, nao ficaria bem com a minha consciencia, se nao presta-se a minha singela homenagem a um meu conterraneo, que numa epoca de profundas convulsoes revolucionarias, governou o nosso pais.

Estou a referir-me a: "Antonio Bernardo da Costa Cabral", um individuo que estava muito a frente do seu tempo, e que querendo fazer avancar o pais para niveis europeus da altura, foi invejado e atropelado, tanto pelos esquerdistas como pelos conservadores, da primeira metade do seculo XIX.

Tivessemos nos tido mais "Marquezes de Pombal e de Tomar", e o nosso Portugal teria chegado ao seculo XX, como uma das nacoes mais avancadas, da Europa de que hoje fazemos parte.

9 comentários:

Anónimo disse...

O Costa Cabral foi figura de grande importância histórica, cuja projecção excedeu a sua época como ilustre estadista. Merecida homenagem, a sua. Era irmão do Conde de Cabral e foi pai do 2.º Conde de Tomar. Óptimo fim-de-semana.

Pete disse...

Nisso tem razão se tivesse havido gente com mais visão e dinamismo não estávamo nesta desgraça.

Um Abraço e bom fim-de-semana.

Tozé Franco disse...

Numa época de esquecimentos é bom haver quem lembre pessoas assim.
Um abraço.

JL disse...

É verdade, amigo AL! Mas também não é menos verdade que raramente aceitamos bem as pessoas que estão à frente do seu tempo. Normalmente é a morte que acaba por lhes dar razão. Uma boa e justa homenagem a um homem das nossas beiras.
Um abraço

RPM disse...

a todos os homens de boa vontade, um tirar de chapéu....

abraço de amizade

RPM

Tozé Franco disse...

Caro Al:

Em relação à pergunta, se havia em Portugal alguma Virgem Negra, encontrei uma representação da Virgem de Montserrat (La Morenita) que embora não sendo portuguesa está numa igreja do Funchal.
Aqui está o que encontrei:

"Numa das capelas laterais da Igreja Matriz de São Pedro, no Funchal, o fundo do altar-mor é ocupado por uma grande tela, representando a Virgem com o Menino, tendo a seus pés uma paisagem onde figura uma montanha que é literalmente serrada ao meio por dois anjos.
A pintura em questão datará provavelmente do séc. XVII e encontra-se deteriorada na sua base devido à adaptação que sofreu para ser colocada no altar, sendo, por isso, possível que, originariamente, não tivesse sido prevista para aí ser colocada.
Mas, é sobretudo a representação que atrás se destacou que chama as atenções, parecendo quase caricata a figura dos dois anjinhos que, dotados de uma grande serra, pretendem cortar o monte ao meio, numa tarefa aparentemente inútil e inexplicável, e, na verdade, esta cena, em si mesmo, não está dotada de qualquer sentido, não passando de uma pictografia, semelhante aos enigmas que abundam nas páginas das “palavras cruzadas” dos jornais.
Com efeito, uma leitura da mesma imagem fornece facilmente as palavras “Mont Serrat” e, portanto, esta imagem destina-se apenas a proporcionar a identificação da “Virgem” que figura na parte superior da pintura e que constituía a padroeira da capela, segundo era referido no séc. XVIII por Henrique Henriques de Noronha (ed. CEHA, pág. 161).
Nossa Senhora de Montserrat é a padroeira da Catalunha, onde beneficiou de uma popularidade que a colocava até acima da maior parte das restantes invocações da “Virgem Maria”, sendo frequentemente conhecida por “La Morenita”, devido a tratar-se de uma “Virgem Negra”, ou seja, uma imagem já escurecida pelo tempo que foi achada em condições tidas por milagrosas e cuja raridade a dotava de especial veneração.
As imagens dedicadas a Senhora de Montserrat são extremamente abundantes na Catalunha, podendo, por exemplo, observar-se uma grande colecção no “Museu Marès” em Barcelona, mas já se tornam mais raras fora da sua região de origem, até porque as muitas e muitas designações que são atribuídas a “Nossa Senhora”, tornam difícil a identificação da respectiva invocação, fora do meio envolvente aos locais de peregrinação.
Essa dificuldade de identificação levou a que o autor da pintura da Igreja de São Pedro tivesse optado por aí inserir uma “charada” que facilitasse a leitura do respectivo nome, mas supõe-se que terá sido muito rara a utilização deste tipo de solução.
Será mais difícil perceber porque razão tal invocação chega também à Madeira, mas, se se aceitar que a pintura data do período que correspondeu à ocupação espanhola, poder-se-á supor que teria sido trazida por alguém ligado à Catalunha.
Não se conhecendo qualquer opinião relativamente à qualidade artística desta pintura, será, no entanto, de supor que estamos perante uma obra muito razoável de qualidade superior à generalidade da pintura dessa época que existe na Ilha.
De qualquer forma, independentemente deste aspecto, a grande originalidade e provável raridade da sua temática, tornam-na merecedora de uma atenção superior àquela que até à data tem existido."

Um abraço.

Klatuu o embuçado disse...

Exacto!
Excelente lembrança!

Abraço.

O Micróbio II disse...

"Tivessemos nos tido mais "Marquezes de Pombal e de Tomar", e o nosso Portugal teria chegado ao seculo XX, como uma das nacoes mais avancadas, da Europa de que hoje fazemos parte."... dixa-me colocar algumas reticências relativamente ao Marquês de Pombal...

Micas10 disse...

Votar nos Grandes Portugueses tem o mérito de nos recordar momentos importantes da nossa história, e dos contributos dos portugueses seja a nível mundial, nacional ou apenas local.

Frequentemente a nível local é aonde as acções de um benemérito podem ter mais impacto.

Ver Amigos de Sousa Mendes