domingo, março 30, 2008

Intolerancias e Outras Historias!

Por vezes da-me vontade, de nem sei se de rir se de chorar, quando constacto o aparecimento de grupos e ate partidos politicos, a defender a pureza da raca e a superioridade de uma raca sobre as outras.
Isto e ainda mais incrivel num pais como o nosso, que e um "melting-pot" desde os tempos da mais antiga historia humana!
A esse respeito lembrei-me de uma historia que se conta, acontecida no nosso pais no seculo XVIII, reinando D. Jose I e, sendo o autocratico Marques de Pombal senhor da governacao.
Pois conta-se, que o rei provavelmente instigado pelos padres da inquisicao, decidiu implementar uma lei em que todos quantos tivessem sangue judaico, deviam usar um chapeu diferente e identificativo! (aqui se ve, que a ideia da estrela que os judeus usavam no tempo do Hitler, nao era novidade!!!)
Ora o Sebastiao Jose, que embora autoritario nao era nenhum parvo, apareceu no dia seguinte ao rei, envergando o tal dito chapeu trazendo mais dois com ele. O rei ao ve-lo ficou muito admirado e perguntou-lhe para quem eram os outros chapeus; ao que o Marquez lhe respondeu; "um e para vossa magestade e o outro e para o inquisidor-geral"!
Pois isto e a pura verdade, podemos nao querer admiti-lo, mas nos portugueses nao so temos nas nossas veias sangue judeu, como mouro, africano, asiatico e das varias outras racas, pelo que isto de racas puras, se e que ainda existem, nao as procurem na Europa e muito menos em Portugal!
Serve este "post", para lembrar aos meus amigos, que sei nao tem nada de intolerantes, que vao a Lisboa no dia 19 de Abril de 2008, pois no Largo de S. Domingos, sera inaugurado um monumento evocativo das vitimas da intolerancia, principalmente lembrando o massacre de judeus acontecido em 1506 e iniciado nesse Largo.
Mais informacoes podem ser encontradas aqui:http://www.portugaleosjudeus.blogspot.com/

8 comentários:

Maria Cota disse...

Esta história que relata, além de fascinante, é eloquente e reforça a certeza de que a identidade portuguesa se caracteriza pela mescla de raízes, o que a enriquece tremendamente! Daí que a crença em raças puras e (pior ainda) na superioridade de uma raça sobre as demais só possa merecer o nosso mais veemente repúdio.

Um abraço beirão,
Ana Cota

Mara disse...

A ideia do monumento é excelente e a localização muito bem escolhida.
Para que ninguém se esqueça....
Um abraço
Mara

Tozé Franco disse...

OLá Al Cardoso.
Exclente texto. Agora andam por aí alguns a afirmar que ainda há descendentes puros de lusitanos. Ele há cada um. Puros só conheço os caubanos e alguns cães de raça mas que, devido à pureza, têm vários problemas de saúde. Nada como um rafeiro que junta o melhor de cada espécie.
Quanto ao monumento, acho uma excelente ideia. Não há povo sem memória.

Chanesco disse...

Meu caro Al

Pegando no texto do Tozé: puros lusitanos, só os cavalos de Alter.
De resto bem sabemos que a nossa raça não é pura. Ás vezes acho mesmo que os portugueses têm é falta de raça.
Quanto ao monumento, concordo. Penso até que peca por tardio.
A memória dos judeus, com este episódio da cobardia que manchou a nossa história, há muito que deveria ter sido honrada.

Um abraço raiano

Hermínio disse...

Um tema sempre oportuno, este. Hoje não seria Portugal um país menos pobre (mais rico, se quiserem...), caso os judeus tivessem podido ser «livres» em Portugal? É evidente.
Parabéns pelo excelente artigo.

Klatuu o embuçado disse...

E dessa mistura só podemos ter orgulho! - dela se ergueu Portugal, pátria generosa!

Abraço.
Viva a Monarquia!

Klatuu o embuçado disse...

P. S. Povo é raça de alma - tudo o mais são bolas de Berlim!

Piratas e Espadachins disse...

Cara Amiga,

Regressámos! E estamos no Baleal...

Venha logo visitar-nos
Que nunca faremos mal
A quem venha procurar-nos
Nas traseiras do quintal...

Os Piratas