sábado, abril 29, 2006

SANTOS PARA TODOS OS FINS


O escritor Aquilino Ribeiro, nascido nas agrestes mas bonitas terras da Beira Alta, descreveu na sua obra: "Portugueses das sete partidas", uma passagem hilariante, em que explicita, a forma de como a igreja catolica romana, supria a falta de "fisicos" judeus,(medicos da altura) principalmente desde o seculo XVI, que foi quando os outros paises europeus, evoluiam e avancavam e nos voltavamos para traz.

"Pelo combate que o campo das ciencias aplicadas, em particular, davam a supersticao e medicina sobrenatural - como aposicao de reliquias e ferros santos, intrecessao de bem-aventurados, a cada um competindo determinada zona anatomica ou especie zoological, assim a Cabeca Santa para a raiva, S. Fiacre para as almorreimas, Santa Luzia e Santa Flaminia, ambas concorrentes, para os achaques dos olhos, Santa Apolonia para a dor dos dentes, S. Francisco de Paula a bem da sucessao masculina e ainda contra a estiagem, S. Marino para a sarna, Santa Tecla para as queimaduras, Santa Rita para os impossiveis do corpo e da alma, reservando-se Santo Antao o privilegio de guardar os porcos no chambaril, Santa Marta de esconjurar o pulgao das coves e a filoxera das vinhas, S. Pedro Goncalves a lagarta das hortas e ate S. Pedro Martir de perservar as searas e favais do granizo das trovoadas - Concitavam contra si todos os agentes de rotina e de conservacao. Para o vulgo os fisicos hebreus eram hereges e sequazes do Diabo, com o qual tinham pacto. Queimava-se no Entrudo o judeu de estopa e alcatrao, como o judeu de carne e osso na Praca da La.
Esta preseguicao da igreja Romana contra o judaismo, equivalente dentro da ideia monoteista, na esfera das reaccoes, a pernada contra o tronco, do verbo contra o logos, de D*us Padre contra Jeova, de Cristo contra Moises, e um dos casos mais estupendos e absurdos da Historia."

Pra ilustrar, tenho esta foto, parte de um retabulo muito antigo e, ja bastante danificado, que se encontra na igreja da minha aldeia natal. Ali se pode ver a Santa Apolonia, com uma torquez a segurar um dente!!!

quarta-feira, abril 26, 2006

CAPELA da SENHORA do CAMPO


Num pequeno largo onde termina uma rua que vem da Praca, que e ao mesmo tempo, um dos varios miradouros da "Vila" de Algodres, podemos encontrar esta pequena e singela capela.

De invocacao de Nossa Senhora do Campo, datara do seculo XVIII e, conserva uma pequena e antiga imagem de Santa Maria, que se supoe ser a primitiva patrona da igreja matriz.

Na arquitetura deste pequeno templo, para alem do granito da construcao, sobressai o pequeno campanario e a cruz que remata o timpano, onde se pode ver algum trabalho em cantaria.

Mas o que me chamou mais a atencao, foi a desnecessaria adiccao relativamente recente, do pequeno alpendre frontal, obra bastante "foleira" e com uma pomba ceramica a remata-la. Fez-me lembrar algumas "parolas" construcoes, da decada de sessenta do seculo passado.

Creio tambem que destoa bastante, uma porta de ferro no portal. Quem sabe o alpendre tivesse sido construido, para que a porta de ferro nao empene!!!

Aqui deixo outros exemplos, de como se nao deviam fazer certas obras. Mas isto serei eu que o digo!!!

segunda-feira, abril 24, 2006

CALVARIO de CASAL do MONTE


De acordo com os envangelhos da igreja catolica, Jesus foi crucificado no meio de dois malfeitores, por essa razao a partir do seculo XVI, quando se comecou dar muito mais enfase a morte de Jesus, comecaram a construir-se os calvarios.
Este calvario que vos apresento tem uma particularidade: Ha uma das cruzes que e bastante mais baixa que as outras.
Sera que e para desconsiderar o malfeitor, que se nao tera arrependido ao ultimo momento? Nunca saberemos qual foi a intencao do construtor, mas que e fora do comum e.
Normalmente costumavam fazer a cruz central maior, ou po-la em maior destaque, mas nunca tinha encontrado nenhum calvario com esta particularidade.
Este monumento fica situado perto na capela da Senhora da Cabeca, em Casal do Monte, concelho de Fornos de Algodres.

sábado, abril 22, 2006

SENHORA DA CABECA II


O portal da capela, bem coberto pelo bendito alpendre, que tem um rico piso em tijoleira!

SENHORA DA CABECA


Ora aqui temos algo, que em minha opiniao, se nao devia fazer a uma capela romano-gotica, com seu portal ogival. Em frente e sobre o referido portal. Construir-se este "magnifico" alpendre em betao!
Talvez tenha sido edificado para mais comodidade dos devotos em dias festivos, mas sendo esta capela tao antiga, do tempo em que esta povoacao era muito mais povoada e, sendo nessas alturas de tamanho suficiente, porque razao tiveram em tempos tao recentes, de lhe adicionar este mamarracho?

Os fundos aqui empregues nesta obra, teriam sido muito mais bem empregues noutro local, mas as pessoas as vezes querem mostrar servico. No entanto, nao havendo por parte de muitos autarcas sensibilidade historico-cultural e, sendo este templo propriedade da igreja catolica, sera que os bispos e padres nao tiveram uma palavra a dizer?

Esta capela de invocacao de Nossa Senhora da Cabeca, fica situada na povoacao de Casal do Monte e, embora este povoado tivesse sido vila e concelho ate 1836, nunca aqui se instituiu nenhuma paroquia, sendo os seus habitantes servidos pela igreja de Queiriz, presentemente a freguesia que engloba esta aldeia.

Ja ha algum tempo coloquei a hipotese, de a razao pelo qual o Casal do Monte nao ter sido nunca uma paroquia, ter que ver com o facto de parte da populacao ser de fe judaica. Na antiga vila ainda hoje permanecem algumas marcas, identificadas com "cristaos-novos" na cantaria de algumas casas. Alem disso a capela e o calvario junto dela, encontram-se distanciados do povoado.

De notar tambem que esta vila era no seculo XII propriedade da Ordem Hospitalaria, que lhe tera concedido o primero foral. Esta Ordem que mais tarde adoptou o nome de: "Malta", foi instituida na cidade de Jerusalem, havendo muitas probabilidades de la terem vindo alguns povoadores. Alem disto o Casal do Monte fica relativamente perto de Trancoso, vila que teve uma das mais importantes e dinamicas comunidades judaicas da nossa Beira, ate ao seculo XVI.

terça-feira, abril 18, 2006

CASA da RUA de S. SALVADOR


Foi ja ha bastantes anos, que despertou em mim a paixao pela historia judaica e, tendo eu conviccoes vincadamente regionalistas, tenho a tendencia de me dedicar muito mais, a parte relacionada com a regiao e concelho da minha naturalidade.
Mas foi quando passei, ja ha uns anos largos, junto a esta casa no inicio da Rua de S. Salvador, que e a continuacao da Rua da Torre, na parte antiga da vila de Fornos, que mais se acentuou esta minha curiosidade e paixao. Foi tambem uma fotografia sobre esta casa, a primeira que publiquei neste blog: (Agosto 2004).

Nas minhas ultimas voltas por "Terras de Algodres", tive a opportunidade de tirar uma outra fotografia, que publico e, sobre ela vou fazer algumas consideracoes:

- Se esta casa nao tivesse sido de um "cristao-novo", que poderia ter motivado um individuo, cuja familia sempre tivesse sido crista, para a colocacao desta lapide com tanto destaque?

- Por que razao foi escrito "santo sacramento", quando os catolicos sempre usam "santissimo"? Pois se era por falta de espaco, sempre podiam ter abreviado ou usar o lado oposto da cruz, como fizeram para "sacramen to".

- Nessa altura (1655) encontrava-se Portugal envolvido, na guerra da independencia, ora sabendo-se que era tempo de "vacas magras', facto ate documentado nas actas camararias locais. Algum desespero tera havido por parte do proprietario, para dispender fundos extra na construcao da epigrafe. E que outra grande razao haveria, a nao ser o medo das fogueiras, da "santa inquisicao".

Depois destas consideracoes e, porque como referi esta casa fica na continuacao da Rua da Torre, onde recentemente descobri outros vestigios de judeus convertidos, estou plenamente convencido, que esta casa foi outrora propriedade de um judeu, e que esta area da vila tera sido a comuna ou judiaria.

sábado, abril 15, 2006

1506 - 2006


Ja a cerca de um mes aqui mencionei e, isto devido a lembranca do Nuno Guerreiro: (http://ruadajudiaria.com), a matanca de cristaos-novos, (digamos judeus) que se iniciou no dia 19 de Abril e se prolongou pelos dias seguintes, faz agora quinhentos anos.
Estou convicto, que o Nuno prestou um excelente servico publico, ao trazer ao conhecimento ou a lembranca, este triste facto historico. Tenho lido na blogsfera varias opinioes, sobre a sua ideia de colocar uma vela no Rocio nesse dia, em homenagem a esses portugueses que foram assassinados, so pelo facto de professarem outra religiao, que ao contrario do fanatismo catolico, defende o conhecimento.

Nao vejo nada errado comemorar com uma vela, este infausto acontecimento, a historia se e que tem algum interesse e para muitos nao tem, esse deve ser o de aprender-mos com os erros passados. Ao contrario de alguns, eu sou de opiniao, que o maior erro da nossa historia foi a expulsao e a conversao forcada dos judeus, e tudo o mais com isto relacionado. A isso se deve muito do nosso atrazo economico, social e cultural, que se prolonga ate os dias de hoje.

Nao vou poder estar em Lisboa nesse dia e, por conseguinte nao poderei colocar uma vela no Rocio, mas enquanto mentalmente farei uma prece, nao tanto pelos que morreram, mas muito mais para que o fanatismo e a ignorancia se extinga, entre os que hoje estando vivos continuam a assassinar, de varias formas todos quantos com eles nao concordem. Colocarei entao uma vela em minha casa, enquanto peco que terminem para sempre os inquisidores destes tempos, pois continuamos a ve-los e ouvi-los por todo o lado e em todas as religioes e regioes.

A TODOS QUANTOS NO DECORRER DA HISTORIA MORRERAM, DEVIDO AO FANATISMO, A INTOLERANCIA, AO ODIO E A INVEJA, O MINHA SINGELA HOMENAGEM.

ATE OS INTERCIDADES???

Quase sempre que a fumo e porque ha fogo, pelo que estou estupefacto, com a ultima noticia referindo a nossa regiao, que a ser verdade, vem aumentar ainda mais as distancias entre o interior e o litoral. estou a referir-me a possivel extincao dos comboios intercidades, nas linhas da Beira Alta e Baixa.
Depois das previstas extincoes de Maternidades, tribunais, dos SAP dos Centros de Saude, do encerramento de centenas de escolas, dos postos de Policia, estacos de Correios e, de mais coisas que por serem tantas ja nem me recordam, so nos faltava mais esta.
Entao onde e que existe o conceito de servico publico? Se vamos extinguir todos os servicos que dao prejuizo, teremos que encerrar praticamente todo o pais.
Nao seria melhor que neste caso a CP, comecasse a arrumar a casa extinguindo uma grande parte, dos parasitas de salarios chorudos que por la abundam, promover um melhor servico ao cliente e, com isto fazer com que as pessoas usem mais o comboio, que e muito menos poluente do que o automovel?
Ca fico a espera do que vao dizer-nos acerca disto, os ministros do nosso (des)governo, mas muito especialmente os deputados eleitos pela regiao, (ou sera que tambem nao vao dizer prsente?). Enquanto faco votos que deste fumo nao sai-a fogo nenhum.
SO NOS FALTAVA MAIS ESTA

SANTA EUFEMIA e as FESTAS PASCAIS


Uma das tradicoes mais arreigadas, entre as gentes das "Terras de Algodres" e circunvizinhas, durante a epoca festiva da Pascoa, e sem duvida nenhuma a romaria de Santa Eufemia, na freguesia da Matanca.
Esta romaria e feira realiza-se na segunda-feira da Pascoa e, junta muita gente do concelho de Fornos e dos vizinhos de Penalva do Castelo e Aguiar da Beira.

Situada num sitio ermo e rodeada de pinhais, esta antiquissima capela congrega muitos devotos, que aqui cumprem as promessas relacionadas com as doencas "ruins" (como o povo as denomina), fazem as tradicionais voltas a capela e, as suas ofertas normalmente de cravos.

A capela; templo romano-gotico em granito, fica situada ao fundo do recinto e em sitio pouco predominante, mas de acordo com a lenda foi ai que forcas espirituais, designaram a sua construcao. O devoto construtor, tinha a intencao de a edificar no cume do Monte Milho que lhe fica proximo, mas tendo para la transportado a pedra, esta vinha aparecer no local onde a capela presentemente se encontra, pelo que tomando este facto como designacao divina, desistiu da ideia original e aqui a edificou.

A capela tem um portal em arco ogival, protejido por um alpendre e uma fileira de cachorros com figuras zoomorficas no beirado da capela-mor, e em meu entender, o templo romanico que tera sofrido menos modificacoes, durante os seculos no nosso municipio.

Aqui deixo um convite para os que tenham disponibilidade, na segunda-feira da Pascoa dia 17, preparem uma merenda e vao ate a Matanca, nao necessitam de ser catolicos para participar no convivio com as boas gentes beiras, ali rodeados da natureza e com ar puro, com cheiro dos pinhos, giestas e urgeiras, comam e bebam. Cumpram uma tradicao eu infelizmente nao posso fazer, ja vai para cima de duas duzias de anos.

COM ISTO REITERO OS MEUS MAIS SINCEROS VOTOS, DE FELIZES FESTAS PASCAIS

quinta-feira, abril 13, 2006

JANELA em ALGODRES


Ainda conheci esta janela com a cantaria intacta, hoje infelizmente encontra-se em parte destruída, devido a que quando foram colocados novos caixilhos, talvez por não haver a medida certa, decidiram que era preferível cortar a pedra. Esta janela fica junto ao largo do Pelourinho e, quase em frente a Igreja Matriz de Algodres.
Vejam se não foi uma pena, quantos não gostariam, de possuir uma janela destas na sua casa.
Esta e a primeira fotografia de uma serie, a ilustrar o que não se deveria fazer, ao nosso património, neste caso e particular, mas não deixa no entanto de pertencer ao colectivo da nossa gente.
Depois admiram-se, de Algodres não ter sido considerada aldeia histórica.

terça-feira, abril 11, 2006

PESACH ou PASCOA JUDAICA

Quase coincidente com a Pascoa catolica romana, comeca a celebrar-se a partir do por do sol do dia 12 de Abril Quarta-feira, (amanha) o Pesach ou pascoa judaica.
Os judeus comemoram nesta festa, a libertacao do seu povo da escravidao e jugo do Farao do Egipto, devido ao poder de D-us, atravez da mao de Moises.

Foi tambem devido a esta efemeride, que se instituiu entre o povo Hebraico, o uso de consumir por esta altura, do pao azimo "matsu", as ervas amargas e, o cordeiro.

Podendo ser casualidade ou nao, e tambem usual nas "Terras de Algodres" o consumo neste tempo festivo para judeus e cristaos, do cordeiro (borrego) e cabrito assados ou guisados. Este tipo de pratos, e ate dos mais tradicionais, na nossa cozinha regional.

Enquanto se fazem as limpezas e outros preparativos, tanto para o "Pesach" como para a Pascoa, quero desejar aos meus amigos leitores, umas boas e felizes celebracoes.

SHALON e BOAS FESTAS.

sábado, abril 08, 2006

AS FORCADAS E OS JUDEUS


Esta pequena aldeia, presentemente ja quase despovoada, esta incorporada na freguesia da Matanca, concelho de Fornos. Foi fundada ja depois do "cadastro da populacao do reino" mandado realizar por D. Joao III em 1527, pois nele e, reportando-nos ao concelho da Matanca, nao lhe aparece nenhuma referencia.

Aqui podem ver-se algumas casas, (algumas delas presentemente pouco mais que palheiras), com cruzes gravadas nas umbreiras das portas, como a que apresento na fotografia. Embora nao seja consensual, a maioria e da opiniao de que deveriam ter sido casas de judeus e, aquelas cruzes foram gravadas, quando estes se converteram a religiao catolica.

Poderia nao ter sido e, estas cruzes de caracter religioso, serem unicamente uma expressao mais acentuada de fe. No entanto eu sou de opiniao, que aparecendo em situacoes isuladas, em tudo semelhantes as das comprovadas judiarias, so poderam como aquelas estar relacionadas com judeus convertidos.

Sabe-se que com algumas excepcoes, a maioria dos judeus nao teve outra opcao, senao a conversao, muitas vezes forcada. E embora muitos deles em principio so fossem cristaos por fora, mais tarde quando a inquisicao se tornou mais severa, principalmente depois de 1557, quando se cumpriram os sesenta anos de tolerancia, tiveram que usar todos os meios, para convencer os padres da inquisicao e, este tipo de gravacoes foi um dos mais utilizados.

O toponimo desta aldeia poderia indiciar, algo relacionado com forcas ou enforcamentos, mas sabendo-se que a forca da vila da Matanca onde esta aldeia pertencia, esta localizada noutro local, nao creio que com ela haja nenhuma relacao. Ha tambem entendidos em topononia, que "Forcadas" tera sim que ver com uma forca viaria, que aqui existiria desde a epoca romana. Havendo quem afirme que por aqui passava a via romana: Viseu-Trancoso-Egitania.

Para alem de vestigios de ocupacao romana nas proximidades, encontra-se tambem junto a esta aldeia, uma necropole de sepulturas escavadas na rocha, havendo quem date as mais antigas do seculo VII da nossa era. Foram ja identificados e estudados cerca de trez dezenas destes sepulcros.

quinta-feira, abril 06, 2006

QUINTA DO CASAINHO III


Ja me intrigava ha bastante tempo, o facto de na Quinta do Casainho em Infias, propriedade de um ramo da familia Costa Cabral, existir numa das fontes uma pedra de armas com o brazao dos "Melos".
Foi num comentario ja um pouco atrazado, de uma das minhas entradas, que tive a explicacao. Fiquei entao a saber, que esta quinta foi outrora propriedade da familia Sa Melo e, foi comprada pelo Marquez de Tomar: Antonio Bernardo da Costa Cabral, em meados do seculo XIX a uma senhora daquela familia.
Tambem ja tinha conhecimento que dentro da referida quinta, existiu uma capela a qual vinham romarias ou votos, principalmente da vila de Fornos. Essa mesma capela ja em ruinas, foi mais tarde aproveitada e convertida, para casa de ferias da familia Costa Cabral.
O que eu nunca consegui apurar, foi qual era o orago da referida capela. Na memoria paroquial de Infias em 1758, existe referencia a uma capela de Na. Sa. da Graca, mas creio que estava adossada a igreja, tambem ha informacao que o referido "voto" passou a realizar-se na igreja, devido a ruina da capela do Casainho.
Sera que o orago era a Sa. da Graca e transitou para a igreja devido a ruina da capela, ou tera sido outro?
Caso algum leitor tenha alguma informacao relacionada, adoraria que compartissem connosco.
A fotografia que ilustra a entrada, e de uma outra fonte existente na referida propriedade, como a data indica foi construida em 1933